postado em 29/09/2009 13:39
A presença confirmada de última hora de Barack Obama na cerimônia que definirá a sede dos Jogos Olímpicos de 2016 não prejudicará as chances do Rio de Janeiro. Pelo menos é o que garante Edson Arantes do Nascimento, o Pelé. Principal embaixador da candidatura brasileira, o ex-jogador apostou em seu próprio carisma e no de Luiz Inácio Lula da Silva para combater a força que Chicago deve ganhar com a presença do presidente dos Estados Unidos.
Nesta segunda-feira, Obama encerrou meses de mistério e anunciou que estará em Copenhague na próxima sexta-feira para acompanhar de perto a eleição do COI (Comitê Olímpico Internacional). Segundo comentou na semana passada um dos membros da entidade, Dick Pound, a viagem do mandatário, que na época ainda não era certa, "faria uma diferença enorme" no resultado final por se tratar "de uma figura transformacional no mundo hoje".
Nesta terça, a opinião do canadense foi ratificada por outros dois homens com direito a voto na Dinamarca: o norueguês Gerhard Heiberg e o finlandês Peter Tallberg. Já o italiano Ottavio Cinquanta foi ainda mais longe, prevendo que a novidade multiplicará as chances de Chicago "não por dois, mas por 25".
Pelé, no entanto, descarta essa tendência. O Rei do Futebol, que chegou à Dinamarca no último domingo para ajudar a campanha carioca, garante que o Brasil tem duas figuras também muito fortes para fazer frente ao político norte-americano. "Se eles têm Obama, nós temos Lula e Pelé", cravou.
Além do ex-atleta, outros dois representantes da candidatura verde e amarela minimizaram a influência que o presidente dos EUA fará na eleição. "Isso não afeta a nossa estratégia", garantiu o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes. Governador do estado fluminense, Sérgio Cabral seguiu pela mesma linha, ressaltando ainda que Obama não esteve ao lado do projeto ianque desde o início. "Sua presença dá mais valor ao evento, porém ele se manteve distante de todo o processo, enquanto que Lula sempre esteve comprometido".
Ex-senador pelo estado de Illnois, cuja capital é exatamente Chicago, o mandatário demorou para confirmar sua viagem por causa da reforma do sistema de saúde que está sendo discutida no país, porém já havia gravado quatro mensagens de apoio e enviado a uma carta ao COI garantindo apoio à cidade.