postado em 29/09/2009 18:07
A brincadeira exibida em um telão para as centenas de convidados que acompanharam o banquete comemorativo ao 99º aniversário do Corinthians, com um gavião driblando um veado (trajado com chuteiras cor de rosa e uniforme semelhante ao são-paulino) continuou repercutindo na tarde desta terça-feira, na Câmara Municipal de São Paulo.
Presentes à solenidade que marcou a entrega do relatório aprovando a concessão do Pacaembu à iniciativa privada para as mãos do secretário municipal de Esportes, Walter Feldman, o vereador Marco Aurélio Cunha, superintendente de Futebol do São Paulo, e o diretor de marketing do Corinthians, Luis Paulo Rosenberg, não escaparam das perguntas sobre o assunto. E mostraram opiniões divergentes.
Cunha reiterou as palavras proferidas pela manhã, durante treino do Tricolor, quando considerou a atitude corintiana 'autodestrutiva'. E avisou que, a partir de agora, ninguém poderá acusar o São Paulo de iniciar as provocações contra os tradicionais rivais.
"É uma grande bobagem, uma coisa apelativa, mas mostra que o São Paulo tem que estar no meio dessas brincadeiras para dar ibope. Se a gente brinca, há sempre um chororô danado. Quero ver eles aguentarem a provocação agora. Não poderão mais dizer que é o São Paulo quem começa", avisou.
Depois de trocar um breve abraço com o rival, Luis Paulo Rosenberg procurou contemporizar e garantiu que tudo não passou de uma brincadeira. E ainda se mostrou receptivo à 'ameaça' são-paulina de devolver a provocação na mesma moeda, ignorando a opinião do presidente Andrés Sanchez, que reprovou, ao menos no discurso, a brincadeira.
"Achei aquele bambinho tão bonitinho. Foi um vídeo feito pela Warner e que está disponível no site, uma grande brincadeira, como já fizemos com Palmeiras e Santos. Acho até saudável esse tipo de coisa e agora estou esperando a réplica de um deles, mas ela ainda não veio".
Rosenberg também esbanjou bom humor quando questionado sobre qual seria a melhor forma de um dos três rivais - Palmeiras, São Paulo e Santos - devolverem a provocação aos Alvinegros. "E eu vou dar ideias a eles? Eles é que têm de pensar em alguma coisa", concluiu.