Luiz Roberto Magalhães
Enviado especial
Copenhague ; Se na quarta-feira um grupo de três norte-americanos do movimento No Games Chicago, que se opõe à candidatura norte-americana para a sede dos Jogos de 2016, tratou de tentar minar a campanha daquela cidade no Hotel Marriot, onde estão hospedados os membros do Comitê Olímpico Internacional (COI) que votarão amanhã na sessão que decidirá o futuro das olimpíadas em sete anos, ontem foi a vez de um grupo de japoneses fazer o mesmo.
Ao contrário da quarta-feira, entretanto, nesta quinta-feira nem mesmo a imprensa teve acesso ao saguão do Hotel Marriot, onde ocorre a maior parte do lobby junto aos eleitores olímpicos. Apesar disso, integrantes de um movimento que protesta conta a candidatura de Tóquio fizeram questão de enfrentar o frio para protestar do lado de fora.
Nove japoneses, todos moradores de Tóquio, desembarcaram em Copenhague no último dia 29, para tentar persuadir os eleitores do COI a votar em qualquer outra candidata (Rio, Chicago ou Madri) que não seja a representante do Japão. Munidos de panfletos, eles explicaram os motivos do protesto.
"A decisão do governo (de concorrer) deveria ter passado pelos moradores de Tóquio", explicou Takashi Inoue, secretário-geral da Nova Federação Esportiva do Japão, com sede em Tóquio. "Eles deveriam ouvir os moradores e os círculos econômicos ao invés de terem tomado uma decisão unilateral. Não houve um movimento democrático nessa candidatura", reclamou.
Segundo o grupo, cerca de 500 mil pessoas em Tóquio são contra a candidatura japonesa e não querem que os Jogos aconteçam por lá em 2016. Eles acreditam que a iniciativa, além de prejuízo econômico, trará complicações ecológicas à Baía de Tóquio.