postado em 01/10/2009 13:01
O Inter pode criar um concorrente para o "vale a pena ver de novo". No caso dos colorados, não valeu a pena, mas a torcida precisou ver de novo. O ano de 2006 foi o ápice da história do clube. Naquela temporada, o Inter levou para a sala de troféus do Beira-Rio as taças da Libertadores e do Mundial de Clubes. Para fechar a galeria, em 2008 foi a vez da Copa Sul-americana, que levou o Inter a se autodenominar "campeão de tudo", pois havia arrebatado todos os títulos em disputa da atualidade.
Só que defender suas conquistas internacionais não parece muito ser a praia do clube gaúcho. Tanto em 2007 como em 2009, o time foi eliminado de cara. Desde a mudança do regulamento da Libertadores, o Inter foi o primeiro defensor do título a cair na primeira fase da competição.
Em um grupo com Vélez Sarsfield, Nacional e Emelec, os colorados terminaram em terceiro lugar, amargando uma eliminação precoce. No jogo decisivo, no Beira-Rio, era preciso golear o Nacional, mas o máximo atingido foi uma vitória magra por 1 x 0 sobre os uruguaios. Na partida, sobrou garra, faltou gols. Na sequência, a campanha no Brasileiro não foi além de um 11º lugar.
Agora, em 2009 a história se repete. Campeão no ano passado, a vida do Inter na Sul-americana desta temporada foi curta, bem mais curta que o esperado. A equipe de Tite sucumbiu diante do Universidad de Chile, empatando em casa por 1 x 1 e perdendo fora de casa por 1 x 0. "Saímos chateados, muito tristes. Tomamos um gol de bola parada. Mas agora é descansar e pensar no Campeonato Brasileiro", lamentou o zagueiro Índio.
Resta ao Inter buscar a conquista do título brasileiro. Porém, o momento indica que isto está longe. Quarto colocado no Nacional, os colorados estão seis pontos atrás do líder Palmeiras - a diferença já foi de um. Apesar da visível queda de rendimento, os dirigentes seguem otimistas.
"Não podemos olhar apenas os últimos jogos. Temos que analisar o todo. Olhando nossa posição na tabela do Brasileirão vemos que temos condições de se recuperar", explicou o diretor de futebol Giovanni Luigi, único dirigente que viajou para o Chile.