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Massa lembra 'Máfia do apito' e critica FIA: "Foi um roubo"

postado em 01/10/2009 13:46
A 'Máfia do apito', esquema de manipulação de resultados que marcou o Campeonato Brasileiro de 2005, foi utilizada por Felipe Massa para cravar: o veredicto dado pela FIA (Federação Internacional de Automobilismo) no caso do Grande Prêmio de Cingapura de 2008 é insuficiente. Sentindo-se prejudicado pelo que classificou de "roubo", o brasileiro defende que o resultado da prova deveria ter sido anulado. Caso a proposta de Massa fosse levada adiante, ele ficaria com o título daquela temporada, visto que não marcou pontos em Cingapura - acabou liberado de seu primeiro pit stop, exatamente aquele após a entrada do safety car, com a mangueira de reabastecimento ainda atacada a sua Ferrari -, enquanto que Lewis Hamilton foi o terceiro colocado. "Eu perdi o campeonato por um ponto", lembrou em entrevista à TV Globo. Apesar da recordação negativa, o paulista nega que mereça ser proclamado campeão agora: "Nem quero isso. Não sou um piloto que vou voltar atrás e dizer que ganhei o Mundial. Um ano depois, não teria o mesmo gosto", garantiu. Não é por causa disso, porém, que o piloto deixa de acreditar que a decisão anunciada pela FIA em 21 de setembro em Paris tenha sido muito branda. "No futebol, todos os jogos roubados foram cancelados", disse, em referência ao escândalo protagonizado pelo árbitro Edílson Pereira de Carvalho que forçou a repetição de 11 partidas no Brasileirão de 2005. "Ao final, só mandaram (Flavio) Briatore para casa", completou o ferrarista. Fora o italiano que acabou banido por um período indeterminado da Fórmula 1, Pat Symonds recebeu uma suspensão de cinco anos e a Renault pôde seguir em atividade, assim como Nelsinho Piquet e Fernando Alonso. Classificando-se "chateado", Massa procurou entender a situação do compatriota, que estava pressionado quando colidiu seu carro de propósito para beneficiar o companheiro de equipe. "O Nelsinho tinha a certeza da demissão (se não tivesse aceitado)", disse o atual vice-campeão da Fórmula 1. Ao mesmo tempo, porém, reconheceu que o filho de Nelson Piquet se colocou em uma situação muito difícil quanto ao prosseguimento de sua carreira. "Ele bateu, errou e não deveria ter demorado tanto tempo para contar. Agora se uma escuderia pensar em contratá-lo, isso será encarado de uma forma negativa", projetou.

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