postado em 01/10/2009 21:57
O espírito de luta do Goiás acabou sendo inspirador, contudo, a briga não surtiu o resultado esperado. Na noite desta quinta-feira, o Esmeraldino venceu o Cerro Porteño por 3 a 1, no estádio Serra Dourada, mas acabou eliminado da Copa Sul-americana. Após derrota de 2 a 0 no Paraguai, os brasileiros necessitavam de um placar maior para avançar às quartas de final do torneio continental.A necessidade da vitória de três gols de diferença sobre o Cerro fez o técnico Hélio dos Anjos escalar força máxima. O Esmeraldino brigou pela classificação durante os 90 minutos, entretanto, o gol sofrido tornou praticamente impossível. Mas a belíssima atuação, exacerbando garra e luta deixou o público no Serra Dourada satisfeito, apesar do sonho de título ter terminado.
[SAIBAMAIS]Nas quartas de final, o Cerro Porteño terá pela frente outro brasileiro. Desta vez, os paraguaios encaram o Botafogo, que eliminou o Emelec na última quarta-feira, apesar de perder por 2 a 1 no Equador.
O jogo
Precisando de um resultado grande para avançar na Copa Sul-americana, o Goiás adotou uma postura ofensiva e apostou no trio Fernandão, Iarley e Felipe para bater o time paraguaio. Contudo, o ferrolho armado pelo treinador Pedro Troglio impedia o Esmeraldino de pressionar o rival. Dessa forma, as melhores chances criadas pelos donos da casa acabaram sendo nos chutes de fora da área de Léo Lima, aos 22 minutos, e Júlio César, aos 27.
A pressão goiana surtiu efeito apenas nos instantes finais da primeira etapa e em um lance de sorte. Aos 41 minutos da primeira etapa, Harlei deu um chutão para frente na direção de Leandro Euzébio. O zagueiro subiu mais alto que o adversário e desviou para a área. A bola chegou a Felipe, que antecipou o goleiro, driblou Barreto e tocou para o gol vazio. Festa no Serra Dourada, mas a obrigação de mais um gol para o Esmeraldino.
Contudo, a empolgação pelo gol dos brasileiros foi minada no minuto seguinte. Everton fez falta dura em Brítez e recebeu o cartão vermelho do árbitro chileno Carlos Chandia. A missão, que era difícil, tornou-se ainda mais complicada com um homem a menos.
Entretanto, a garra dos mandantes transformou a etapa complementar em um confronto emocionante. O que parecia difícil, ficou ainda mais com 24 minutos, quando Irrazábal avançou pela direita e cruzou uma bola perfeira para Recalde. O meia completou de primeira, sem chances para Harlei, e empatou o confronto.
Quando o duelo parecia definido, o Goiás apareceu novamente com uma força surpreendente e reagiu. Aos 27, Felipe ganhou na raça da zaga paraguaia, puxou para a perna esquerda e soltou uma bomba, indefensável para Barreto. Quatro minutos depois, o atacante goiano cruzou uma bola perfeita na direção de Léo Lima. O meia aproveitou falha da zaga paraguaia e marcou o terceiro, incendiando o Serra Dourada.
Apesar da empolgação e os gritos oriundos da arquibancada de ;Ah! Eu acredito;, o Goiás parou no cansaço e bom posicionamento defensivo do Cerro Porteño. A pressão incessante permaneceu até o apito final de Carlos Chandia. Mesmo eliminado, o comportamento dos brasileiros inspirou a torcida no Serra Dourada, que aplaudiu o desempenho heróico dos jogadores esmeraldinos.
Ficha técnica
Local: Estádio Serra Dourada, em Goiânia-GO
Data: 1; de outubro de 2009, quinta-feira
Horário: 19h15 (Brasília)
Árbitro: Carlos Chandia (Fifa/Chile)
Assistentes: Cristian Julio (Fifa/Chile) e Lorenzo Acuña (Fifa/Chile)
Cartões Amarelos: Everton, Rafael, Fernandão, Leandro Euzébio, Harlei (Goiás); Luis Caceres, Miguel Torren, Brítez (Cerro Porteño)
Cartão Vermelho: Everton (Goiás)
Gols: GOIÁS: Felipe, aos 41 minutos do primeiro tempo e aos 26 minutos do segundo tempo, e Léo Lima, aos 34 minutos do segundo tempo; CERRO PORTEÑO: Recalde, aos 23 minutos do segundo tempo
GOIÁS: Harlei; Leandro Euzébio, João Paulo e Ernando; Rafael (Fernando), Everton, Leo Lima, Fernandão (Romerito) e Júlio César; Iarley e Felipe
Técnico: Hélio dos Anjos
CERRO PORTEÑO: Diego Barreto; Miguel Torren, Diego Herner e Luis Cardozo; Julio Irrazábal, Jorge Brítez, Carlos Recalde, Luis Caceres (Cristaldo) e Júlio dos Santos (González Ferreira); Jorge Núñez (Mendoza) e Roberto Nanni
Técnico: Pedro Troglio