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Chicago faz apresentação burocrática, que foi salva por carisma dos Obama

postado em 02/10/2009 08:39

Luiz Roberto Magalhães

Enviado especial

Copenhague - Cotada como uma das favoritas para vencer a disputa na corrida para sediar as Olimpíadas de 2016, Chicago abriu, no início da manhã, na capital dinamarquesa (meio da madrugada no Brasil), a rodada de apresentações das candidatas que participam da 121; Sessão do Comitê Olímpico Internacional (COI).

Horas antes da apresentação norte-americana, a cidade do Copenhague acordou em clima de expectativa pela chegada do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que veio juntar-se à sua esposa, Michelle, no lobby pela candidatura de Chicago.

A apresentação norte-americana, última chance de convencimento dos 95 eleitores do COI que votarão na primeira fase da eleição, foi bastante burocrática e fez uso de alguns vídeos que exaltavam o apoio popular aos Jogos e a empolgação de moradores de todas as idades com a possibilidade de sediar as Olimpíadas em 2016,
[SAIBAMAIS]
Barack Obama discursou por cerca de cinco minutos após Michelle falar. ;Sou um apoiador das olimpíadas e do movimento que ela representa;, disse Obama. ;Nós esperamos ansiosamente sediar os Jogos em 2016. Os Estados Unidos estão prontos para receber essa grande responsabilidade. Sei que vocês encaram uma difícil escolha entre grandes cidades e grandes nações. Mas peço que escolham a minha cidade;, disse o presidente norte-americano.

O momento mais importante de Barack Obama em Copenhague, entretanto, aconteceu após uma pergunta de um dos eleitores, ao fim da apresentação. Ele queria saber como os Estados Unidos iriam tratar os milhares de visitantes que desembarcariam no país vindos de todo o mundo para acompanhar as olimpíadas. A pergunta foi feita por conta das dificuldades para ingressar na América, que aumentaram muito após os ataques de 11 de setembro de 2001.

Após um dos membros do comitê de responder, Obama pediu a palavra e assumiu o compromisso de abrir as portas do país para receber todos os visitantes. ;Um dos legados que eu quero ver é relembrar que a América está aberta para o mundo", declarou o presidente. "Vamos colocar toda a força da Casa Branca e do Departamento de Estado para que visitantes do mundo se sintam bem-vindos e sintam as boas vindas do povo americano. Essa verdade fundamental se perdeu nos últimos anos e essa olimpíada será um resgate disso;, afirmou Obama.

Nascida e criada nos arredores de Chicago, Michelle lembrou a infância na cidade e fez questão de recordar o pai e a paixão que ele nutria pelos esportes. ;O esporte vai unir nossa sociedade. O esporte me ensinou a ser confiante, a atuar em equipe. Algumas de minhas memórias são sentar no colo do meu pai e torcer por Nadia (Nadia Comaneci, ginasta), Carl Lewis (velocista) e outros. Nunca sonhei que um dia a bandeira olímpica pudesse ser hasteada na minha comunidade. Mas hoje eu posso sonhar;, disse Michelle.

Ao final, ficou entre a imprensa, que em nenhum momento pôde chegar perto de Barack Obama ou Michelle, a sensação de que a passagem do presidente norte-americano por Copenhague, ainda que breve, foi muito importante, uma vez que, sem ele, a apresentação teria sido apenas morna.

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