Superesportes

Chateado com a Lusa por férias forçadas, César Prates explica rescisão

postado em 02/10/2009 19:31
Em menos de dois meses, César Prates é o segundo profissional que aposta na Portuguesa, mas deixa o clube repentinamente frustrado. Assim como aconteceu com o preparador físico Flávio Trevisan, o lateral direito manteve o foco no clube e recebeu com surpresa a notícia de que não seria mais aproveitado pelo técnico Vagner Benazzi. Não pôde aproveitar as propostas recebidas e agora terá três meses de "férias forçadas". "Até hoje eu não sei por que, ninguém me falou nada. Só chegou o comunicado de que não ia mais atuar. Mas também não ia me machucar mais, porque não sou um atleta que vai ficar chorando por aí", disse César Prates à Gazeta Esportiva.Net nesta sexta-feira, em sua primeira entrevista após assinar a rescisão contratual. "O que me deixou chateado foi que recebi propostas de outros clubes e até o dia 26 ainda poderia ser inscrito para jogar. Aí, bem nesse dia, me informam que eu não ia mais ser aproveitado?", continuou César Prates, que revelou ter entregado as propostas ao vice-presidente de futebol da Portuguesa, Luis Iaúca, ainda durante o primeiro turno na Série B do Campeonato Brasileiro. O dirigente não deu resposta. No último dia de inscrições, mandou o lateral direito embora. "Não digo que fui traído, mas faltou um pouco de consideração. Não fui considerado nessa atitude", disse Prates, depois de relembrar o fato de ser o atleta com mais atuações pela Portuguesa nesta temporada - 44 vezes. Era o capitão do time e também um dos líderes, o que o levou a dar entrevista para negar a invasão armada aos vestiários do Canindé após a derrota por 2 a 1 para o Vila Nova, denunciada pelo então treinador René Simões. "A única coisa para a qual era mandado era entrar em campo", afirmou, ao garantir a espontaneidade da ação, tomada depois da vitória por 3 a 1 sobre o Figueirense, na Arena Barueri. "Vi que perder os mandos de campo por causa da confusão estava prejudicando todo mundo. Queríamos jogar em casa, e aí tomei a decisão de falar. Me expus. Aí o César fala e, duas semanas depois, é esquecido?" Procurado pela reportagem da GE.Net, Luis Iaúca preferiu não comentar o assunto. "Já foi dito tudo sobre isso. Foi uma decisão técnica e não vou mais falar sobre o assunto", afirmou, por telefone. O vice-presidente de futebol ainda desmentiu a existência de propostas. "Não chegou nada a mim, mas não vou mais falar sobre esse assunto". Assim como Flávio Trevisan, que recusou proposta de Péricles Chamusca no Sport para permanecer na comissão técnica e foi mandado embora com a chegada de René Simões, César Prates agora vai ficar em casa, em Balneário Camboriú. "Jogar ou não é decisão técnica, mas o problema é que esperaram até o dia 26, quando eu não poderia mais sair", reclamou o jogadot. "Agora, vou ficar três meses sem clube, sem treinar, para ver o que vou fazer. Sou um atleta de 34 anos que tem que estar sempre se posicionando. Sempre fui esforçado, então vou fazer esse esforço de novo", complementou o lateral direito, que aproveita para ficar com a família, no interior catarinense.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação