Porto Alegre (RS) - Quando José Roberto Guimarães levou o Brasil ao ouro no vôlei masculino nos Jogos Olímpicos de 1992, em Barcelona, Andréa Estrada não era nascida. A colombiana foi conhecer o mundo três anos depois. Agora, aos 14 anos, a ponteira de 1,75m defende a seleção de vôlei do seu país. Ainda frequentando a escola, Andréa teve que interromper as aulas para viajar a Porto Alegre, onde ocorre o Sul-americano feminino de vôlei. Afinal, defender a pátria em idade tenra não é comum.
A Colômbia é a surpresa do torneio. Zé Roberto achava que no Grupo B, além do Peru, a Venezuela seria a outra classificada. Não foi. As colombianas mostraram muita força no ataque e no bloqueio, conquistado uma das vagas das semifinais.
Diante das brasileiras, neste sábado, Andrea e suas companheiras não tiveram chances. Após a derrota por 3 a0, a menina pouco parecia que tinha sido derrotada por 25/16, 25/14 e 25/6 minutos antes. "Perdemos para as campeãs olímpicas. Muito legal jogar contra elas. Gostei muito. Elas jogaram muito bem", comentou, com um sorriso no rosto.
A jogadora ainda é reserva na seleção de seu país, mas disputou boa parte da partida. A troca das bonecas pela bola de vôlei ocorreu bem cedo. "Comecei jogar aos nove anos. Aos 13 eu já estava na seleção", contou sem esconder a alegria pela façanha.