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Argentina é o adversário do Brasil na decisão do Sul-americano de Vôlei

postado em 04/10/2009 10:53
Depois de duas edições, a Argentina está de volta à final do sul-americano feminino de vôlei. Com uma vitória por 3 sets a 1, parciais de 17/25, 25/23, 25/19 e 25/21, sobre o Peru, o time azul credenciou-se para encarar o Brasil na decisão, que será disputada a partir das 12h (horário de Brasília) deste domingo, no ginásio Tesourinha, em Porto Alegre. Em 1h43 de jogo, as argentinas deram uma amostra de sua força e surpreenderam as peruanas, segunda força do continente e segundo país em número de títulos na disputa. O Brasil é o recordista, com 15 medalhas de ouro, enquanto o Peru acumula 12 conquistas. A Argentina, por sua vez, terá a chance de conquistar um título inédito. Esta é a quarta vez que brasileiras e argentinas disputarão um título sul-americano. Nas três ocasiões (1999, 2001 e 2003), o Brasil ganhou. Além das três medalhas de prata, as argentinas somam 12 medalhas de bronze. Brasil e Argentina já estiveram frente a frente neste Sul-Americano. Foi na terceira e última rodada da fase classificatória e as brasileiras venceram por 3 sets a 0. Na temporada, além deste jogo, as duas seleções já duelaram outras duas vezes. O Brasil venceu os dois confrontos, mas a Argentina venceu um set em cada um deles (3 sets a 1). A argentina Boscacci foi a maior pontuadora do confronto, com 20 acertos - 16 de ataque e quatro de bloqueio. Ela, porém, preferiu comemorar a vitória na semifinal, adotando um discurso derrotista ao falar da final contra as campeãs olímpicas. "Estávamos com o time do Peru entalados na garganta desde o Torneio Classificatório, quando perdemos a vaga para o Campeonato Mundial para elas. Contra o Brasil, vamos entrar em quadra sem pressão. O nível técnico do Brasil é muito alto. Com isso, o que nos resta é jogar o melhor possível, pois sabemos da grandeza da equipe brasileira. Será um jogo de aprendizado, no qual teremos que fazer uma boa apresentação", avaliou a atleta. Quando Boscacci cravou o contra-ataque que selou a vitória argentina, toda a comissão técnica se abraçou e correu para festejar junto com as jogadoras o retornou à final do Sul-Americano. Chorando bastante, as atletas e os membros da comissão técnica não paravam de festejar a vitória sobre as peruanas, até então favoritas para estarem na decisão. "Jogamos querendo ganhar. Este ano enfrentamos o Peru três vezes. Perdemos as três e duas delas no tie-break. No primeiro duelo, tivemos três match-points e não conseguimos vencer. O time precisava desta vitória. Este grupo tem certas deficiências físicas, mas é muito disciplinado técnica e taticamente", avaliou Horacio Bastit, treinador da seleção argentina, que fez questão de ressaltar que esta não foi a melhor atuação da equipe na competição. "No terceiro set contra o Brasil jogamos ainda melhor do que hoje". Para Horacio, o objetivo argentino já foi alcançado. "A meta dessa comissão técnica é sempre conseguir uma melhor colocação a cada campeonato que disputa. Até agora, conseguimos", disse o técnico. Na última edição do Sul-Americano, a Argentina terminou na quinta colocação.Sobre a decisão, o técnico é categórico sobre o que espera da equipe: "Jogar bem". Do outro lado da quadra, decepção. Um dos ícones da geração peruana vice-campeã olímpica em Seul-1988 e atual assistente-técnica, Natália Malaga demonstrou grande insatisfação com a derrota. "Nosso jogo no Sul-Americano era hoje. Erramos muito no passe. Não podemos contar somente com duas ou três jogadoras para conseguir a vitória. A Argentina jogou com garra. E é essa garra que leva as argentinas adiante. Garra essa que nos faltou", criticou a ex-atleta, que ainda vê superioridade em sua seleção. "O fato de a Argentina ter nos vencido significa somente que jogou melhor, mas não que é melhor do que o nosso grupo", afirmou.

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