postado em 04/10/2009 17:22
Porto Alegre (RS) - A torcida nos jogos da seleção vôlei é animada. Em meio a tanta gente de amarelo nas arquibancadas, duas pessoas se destacam, mas mesmo assim se tornam anônimas no meio da multidão. Um homem e uma mulher vestem perucas verdes e se enrolam na bandeira do Brasil. O par não para um segundo sequer. Eles são o seu João Carlos e dona Sônia pais da ponteira Sassá. Vieram de Barbacena, em Minas Gerais, para verem a filha atuar no Sul-americano, disputado em Porto Alegre.
"Viemos sempre assistir quando ela joga pela seleção", assegura o pai. "Ver ela jogar com a seleção é uma felicidade que não tem tamanho. Ainda mais depois que confirmaram os Jogos Olímpicos no Rio", emendou.
Independente se a cria está em quadra ou não, o apoio da dupla é incondicional ao time. Na decisão contra a Argentina, vitória brasileira por 3 a 0. Mesmo com Sassá jogando pouco, se João Carlos ficou em pé durante toda a partida. Quando a filhota está em quadra a vibração aumenta. Eles não conseguem ficar parados a cada jogada que ela participa. Sobre a vestimenta diferentes, "Brasileiro tem disso", justifica dona Sônia.
No grupo de pais torcedores, dona Luciamar é recém-chegada. Mas não pode reclamar. A filha Natália entrou na seleção este ano, mas parece uma veterana. Dona de um potente ataque virou titular de José Roberto Guimarães. "É minha primeira vez. Gostei bastante apesar de os times serem fracos", comentou.
Ela chegou a Porto Alegre poucas horas antes do Brasil entrar em quadra diante da Colômbia no sábado. Dona Luciamar e seu marido pegaram o caro e veio de Joaçaba, em Santa Catarina, praticamente, direto para o Ginásio Tesourinha. "É muito gostoso vê-la na seleção".
Natália mostrou-se empolgada com a presença dos pais. "É muito bom. É importante para eles, que me incentivaram sempre. É muito legal", comentou a atacante durante a comemoração do título.