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Homenageado, Andrés conta os dias para o fim do mandato

postado em 05/10/2009 22:56
Em 2007, já rompido com Alberto Dualib, Andrés Sanchez fez pressão para a saída do octogenário presidente, dizendo ser contra o continuísmo para justificar os protestos contra o dirigente que ficou 14 anos no poder. Agora, com mandato até fevereiro de 2012, Andrés, na função desde outubro de 2007, alega não aguentar mais a vida que leva à frente do principal cargo do clube.

Na noite desta segunda-feira, o mandatário do Timão foi homenageado no Museu do Futebol, no Pacaembu, com o Grão Colar da Ordem do Mérito Futebolístico da Federação Paulista de Futebol (FPF) pelo título do Campeonato Paulista deste ano. Também receberam a mesma medalha o Ministro do Esporte, Orlando Silva; o Secretário de Esportes e Lazer da Cidade de São Paulo, Walter Feldman; e o ex-presidente do Palmeiras, Affonso Della Monica Neto, campeão paulista de 2008.

[SAIBAMAIS]Nenhum dos outros três, no entanto, demonstrava tanto cansaço com uma posição de autoridade quanto o dirigente corintiano. Pouco depois de vestir os trajes usados no evento e receber uma medalha e uma placa, Andrés ouviu o mestre de cerimônias dizer que seu mandato se encerraria em fevereiro de 2009. Em meio às palavras de dúvida dos presentes, o presidente gargalhou. "Quem me dera"

Em seu discurso, retomou o desconforto no posto, oito meses após ser eleito. "Infelizmente nosso amigo errou. Quero agradecer aos meus filhos porque são quem mais sofre comigo neste momento e estão esperando com paciência o fim do meu mandato para eu voltar ao ambiente deles. Muitas vezes, nós, presidentes, somos massacrados, linchados, viramos a pior espécie, mas poucos sabem o que fazemos para o futebol mesmo com os erros", declarou.

Após muitos abraços e fotos, Andrés, frequentemente com uma taça de champanhe no coquetel que antecedeu ao evento, mostrou bom humor ao subir no palco. "Como muitos viram, levantei e abotoei o paletó. Estou aprendendo, hein?", sorriu, apontando o feito que o orgulha como mandatário. "Queríamos resgatar a honra e o orgulho de ser corintiano. Isso vale mais do que qualquer título. Nossa maior vitória foi o novo estatuto", disse, lembrando que já não é mais permitida a reeleição no clube.

Em suas palavras, o presidente do time do Parque São Jorge agradeceu a todos que estavam na platéia, inclusive Mustafá Contursi, mandatário do arquirrival Palmeiras contestado por ficar 12 anos no cargo. Andrés só não pôde cumprimentar nenhum dirigente do São Paulo - brigado com o presidente da FPF, Marco Polo Del Neto, o Tricolor paulista não teve nenhum representante, ao contrário de Santos e Palmeiras.

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