postado em 06/10/2009 09:54
O vídeo exibido no jantar de aniversário do Corinthians em que um gavião trajando a camisa alvinegra dribla um veado com calçados rosas e um uniforme semelhante ao São Paulo fez com que os tricolores chamassem Andrés Sanchez até de descontrolado. Para o diretor de marketing do Timão, Luis Paulo Rosenberg, tudo não passa de mais uma "brincadeira" entre os arquirrivais.
De acordo com o dirigente, o bom relacionamento entre Sanchez e Juvenal Juvêncio, presidente são-paulino, fica claro nas reuniões do G-4, grupo econômico composto por Corinthians, Palmeiras, Santos e São Paulo. "É até difícil conseguir conversar de tanto que o Andrés e o Juvenal ficam brincando um com o outro. Não tem essa de inimizade", garantiu Rosenberg.
O chefe do marketing no Parque São Jorge vê até a nota de repúdio vinda do Morumbi como parte de uma relação bem-humorada que sempre deveria fazer parte do futebol, mesmo entre diretores. "Futebol é paixão. Se eles ficaram machucados, têm o direito. Daqui a pouco vão responder do jeito deles. E nada disso vai afetar os nossos laços de amizade", assegurou.
"Não se pode confundir rivalidade com inimizade. A inimizade entre os quatro grandes clubes não existe mais. Mas a rivalidade vai ser sempre muito forte, e queremos fazer brincadeira. Fazemos a gozação já esperando pela resposta. Isso não é incitar a violência", completou Rosenberg.
Apesar das palavras de paz do diretor, Andrés Sanchez alimenta as interpretações de dissidências ao prometer, sempre que pode, que o Corinthians não mandará jogos no Morumbi enquanto ele for presidente. Mesmo ciente dos prejuízos por arrecadar menos no Pacaembu, Rosenberg não faz pressão para o mandatário mudar de ideia. Mas ajuda no lobby do estádio são-paulino.
"Olhamos o marketing do São Paulo e suas recentes conquistas com admiração e até como modelo. Nossa relação é tão boa que o Corinthians apoia fortemente o Morumbi como palco da abertura da Copa do Mundo de 2014", informou o diretor de marketing, antecipando que futuras provocações não afetarão a união dos quatro grandes clubes de São Paulo.
"Nada desestabiliza o G-4. O ganho econômico é tão forte que nada vai rompê-lo", projetou o corintiano, que negocia em nome da associação contratos de patrocínio para todos com empresas do ramo de bebidas, seguros e bancos.