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Com "sócio" Ronaldo, Timão quer lucrar mais no centenário

postado em 06/10/2009 11:06
No sábado, após a derrota por 3 x 1 para o Atlético-PR no Pacaembu, Ronaldo manifestou seu desejo de continuar no Corinthians em 2010. E a sequência do Fenômeno no ano do centenário do clube é dada como certa e já é vista como uma das armas para aumentar os ganhos com patrocínios na temporada em que o time volta à Libertadores. "O Ronaldo vai ficar para 2010. E é bom lembrar que ele não é nosso funcionário, é um sócio dos projetos de marketing do clube. E com ele devemos ter um grande aumento nos lucros no ano que vem, porque tem centenário, Libertadores...", projetou o diretor de marketing da equipe, Luis Paulo Rosenberg. Desde quando assinou contrato para vestir a camisa 9 alvinegra, o maior artilheiro da histórias das Copas do Mundo acertou que ficaria com 80% do valor pago pelas empresas que estampam suas marcas nas mangas e nos shorts, fora o salário. No ano que vem, a meta é cobrar mais pela publicidade, sempre contando com a ajuda da empresa do atacante na busca por investidores. "Mas quem roda a baiana somos nós", garantiu Rosenberg. Além de aumentar os lucros na negociação do espaço no uniforme, a diretoria do Timão trabalha na venda de produtos oficiais, com a expectativa de receber mais com o apelo dos 100 anos do clube. Uma linha de laptops estilizados e livros devem ser lançados. E a porta do Parque São Jorge está aberta para empresários que quiserem propor novidades. O maior objetivo, porém, é começar 2010 já com um projeto certo para um estádio. E o sonho é o Pacaembu, que ainda depende da aprovação da prefeitura na concessão ao Corinthians. "Se a prefeitura não der uma resposta até o final de novembro, vamos ter que procurar outra coisa", já alertou Rosenberg, fixado em assinar o quanto antes o acordo pelo estádio municipal. "Tenho recebido muitos projetos, alguns muito bons mesmo, estão ficando cada vez melhores. Mas nunca vou ter um como o do Pacaembu. Seríamos parceiros, aumentaria a arrecadação com um investimento de R$ 100 milhões que o Corinthians garante no estádio", detalhou. "Seria até difícil explicar para a Gaviões, que ia nos ver investindo em algo que não é nosso e ia dizer que estou engravidado a mulher de outro. Mas, se não pegarmos o Pacaembu, o gosto de derrota vai ser grande", admitiu. O diretor de marketing alega estar tão empenhado nos trabalhos para o centenário que nem pensa em deixar sua função no clube, apesar do cansaço sentido por ele e pelo presidente Andrés Sanchez. "Realmente sinto saudade de viajar mais com meus filhos, minha família... Nem fui para o exterior desde que assumi este cargo. Mas nunca deixaria o Corinthians, passei por muita coisa com o Andrés inclusive para tirar o (Alberto) Dualib de lá", lembrou. "Trabalhar no Corinthians é como se você tivesse uma amante argentina: você estoura seu cartão de crédito, ela pode te trair com seu amigo, mas o sexo é o melhor do mundo. E você não vai abrir mão deste sexo", metaforizou o dirigente, pouco antes de acenar e chamar o Secretário de Esportes e Lazer da Cidade de São Paulo, Walter Feldman, de "homem Pacaembu" em evento da Federação Paulista de Futebol.

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