postado em 07/10/2009 17:18
O volante Gilberto Silva se atrasou, mas conseguiu chegar a tempo para comemorar mais um aniversário na Granja Comary. O jogador, que completa 33 anos nesta quarta-feira (7/10), admite que já não sabe quantas vezes fez a festa com a seleção brasileira.
"Com a seleção, vou completar oito anos no próximo mês. Mas já perdi a conta do número de aniversários que passei com a seleção, são no mínimo quatro ou cinco", confundiu-se o ex-atleticano, que teve problemas para viajar da Grécia para o Brasil e se apresentou com atraso nesta manhã.
"Houve um atraso muito grande na saída de Atenas para Madri. O voo sairia às 7h e só saiu às 10h. Não consegui conexão para vir ao Brasil. Mas entrei em contato com o pessoal da CBF e o voo saiu à noite para chegar a tempo de eu treinar hoje (quarta) à tarde", explicou.
Apesar do incidente, o atleta do Panathinaikos festejará mais um ano de vida de forma tranquila. O Brasil não perdeu em 2009, vem de título da Copa das Confederações e garantiu a classificação com três rodadas de antecedência. Situação muito diferente da que Gilberto Silva encarou quando foi convocado pela primeira vez, no distante 2001, por exemplo.
"Foi praticamente na mesma época, com jogos contra Bolívia fora e Venezuela, mas a situação era muito mais complicada. Agora estamos classificados, é mais tranquilo para os que estão chegando", comparou, lembrando que o time canarinho só carimbou o passaporte para o Mundial de 2002 no último jogo das Eliminatórias.
De lá para cá, Gilberto Silva fez parte do grupo pentacampeão no Japão e da Coreia do Sul com Luiz Felipe Scolari e também ganhou a confiança dos sucessores Parreira e Dunga. "De 2004 ou 2005 para cá, estou sempre na seleção e isso me deixa muito feliz. É uma honra para qualquer um fazer parte do grupo de jogadores da seleção brasileira. Lógico que fico longe da família, mas fico honrado por estar servindo o meu país, ainda mais sendo a seleção brasileira. É sempre um orgulho muito grande. A cada oportunidade que recebo a vontade só aumenta", assegurou.
O longo tempo na seleção já rende marcas para o volante. Se entrar em campo contra Bolívia, no próximo sábado, e Venezuela, quatro dias depois, o veterano acumulará 89 jogos com a amarelinha, ultrapassando o zagueiro e capitão Lúcio, que foi cortado e tem 88. O jogador garante estar feliz com o feito, mas só pensa em ajudar o Brasil, mesmo já classificado, a conquistar mais dois triunfos.
"A motivação nossa é sempre continuar vencendo. Não quero perder nunca. Mesmo com as dificuldades que a gente sempre enfrenta, independentemente do adversário, dentro da seleção não tem momento de relaxar", pregou. "A classificação agora não foi tão difícil como em outras épocas, mas todo mundo está com o pensamento de vencer dois jogos para terminar bem as Eliminatórias e ter noção de que o nosso trabalho na seleção tem sido bem feito".