postado em 09/10/2009 17:40
Gols relâmpago, expulsões, lances de perigo, reação, raça, tensão. Todos estes ingredientes imprescindíveis para uma partida de futebol atingir um grande nível de emoção, e todos estes presentes na partida desta sexta-feira, quando a Hungria superou a Itália pelas quartas de final do Mundial sub 20.
Em um jogo com cinco cartões vermelhos e cinco gols, os húngaros precisaram da prorrogação para superarem a Itália, e se garantirem nas semifinais, onde enfrentarão a seleção de Gana na competição.
[SAIBAMAIS]Ao contrário do que ocorreria em um jogo dos profissionais, a Hungria era favorita para a partida, por ter uma campanha muito melhor do que os italianos. Então, logo no primeiro lance de perigo do jogo, os húngaros trataram de reforçar o favoritismo. Aos 40 segundos, o atacante Nemeth fez jogada individual, foi puxado na área por Gentili e sofreu pênalti, e Koman cobrou com categoria para abrir o placar.
Com mais calma devido ao gol relâmpago, a Hungria voltou a ameaçar com Nemeth aos 14 minutos, mas Fiorillo defendeu. A Itália, recuperada do golpe, passou a equilibrar as forças do jogo, e ameaçou por duas vezes após cobranças de escanteio.
Já na segunda etapa, a Hungria voltou a dominar a partida. Aos 11 minutos, Nemeth recebeu em profundidade dentro da área e tocou cruzado, mas Bini apareceu para evitar o segundo tento húngaro.
A partida ficou mais difícil para os italianos após a expulsão de Gentili, que atropelou Koman e recebeu o segundo amarelo. Mesmo com menos jogadores em campo, a Itália passou a crescer no jogo, e o final da partida ficou com as emoções à flor da pele.
Aos 37 minutos, Mazzotta entrou em velocidade, recebeu belo passe de Bonaventura e tocou na saída do goleiro para heroicamente deixar tudo igual, levando o jogo para a prorrogação.
Mas a Azzurra teve mais um revés na partida, e Bini também recebeu o cartão vermelho após entrar com um violentíssimo carrinho quase na altura do joelho de Koman. 'Inspirado', o árbitro também expulsou o técnico italiano por reclamação.
Para 'descontar' o número de vermelhos, o juiz também mandou Szekeres mais cedo para o chuveiro, mostrando o segundo amarelo ao defensor. Com 'apenas' um a menos, a Itália foi para cima da Hungria, e quase virou o jogo nos acréscimos, mas Eusepi não completou com efetividade o cruzamento de Calderoni, e a bola passou a centímetros do gol.
Já na prorrogação, as jogadas individuais imperavam. Enquanto Nemeth fez fila, mas perdeu a bola na hora da conclusão, Bonaventura quase fez o segundo gol italiano após limpar o lance e bater de esquerda, rasteiro, para ótima intervenção de Gulacsi.
Enquanto a Hungria parecia mostrar que a Itália tinha até mais jogadores, e a partida seguia equilibrada até pelo cansaço dos jogadores. Até que dois destaque resolveram aparecem novamente. Koman fez um lançamento longo e Nemeth se adiantou para fazer o então gol da vitória. Mas o triunfo húngaro durou menos de um minuto. No lance seguinte, Bonaventura arrancou da esquerda, ganhou no corpo, levou para o pé direito, atravessou metade do campo e soltou o pé para novamente igualar o placar.
Em menor proporção, a prorrogação repetia o tempo regulamentar nos gols e expulsões, pois Albertazzi também recebeu o vermelho, deixando a Itália sem três atletas.
Aproveitando que os italianos estavam sem seu miolo de zaga, Nemeth foi lançado novamente em velocidade, ganhou de Calderone e mais uma vez bateu para as redes, deixando a Hungria em vantagem a três minutos do fim.
Mesmo com dois a menos, os italianos se lançaram com tudo ao ataque, mas a defesa húngara conseguiu evitar um novo empate, conseguindo assim passar às semifinais. Ao final da partida, tanto a Hungria, pela vitória, quanto a Itália, pela raça e superação, saíram aplaudidos do campo.