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Interlagos 'respira' Fórmula 1 e se prepara para vistoria final

postado em 09/10/2009 17:58
Ainda faltam seis dias para os potentes motores começarem a roncar no Autódromo Internacional de Interlagos para a penúltima prova da temporada do Mundial de Fórmula 1, mas o palco que pode definir o dono do título, restrito à briga entre Rubens Barrichello, Jenson Button e Sebastian Vettel, já começou a respirar os ares da decisão. [SAIBAMAIS]Nesta sexta-feira, a reportagem da Gazeta Esportiva.Net foi recepcionada por Carlos Montagner, há 15 anos diretor de prova do Grande Prêmio do Brasil, e acompanhou de perto os ajustes finais da infraestrutura que está sendo preparada para receber o circo da Fórmula 1. Por enquanto, o magnetismo do cavalo, símbolo da Ferrari, que ainda não terá Felipe Massa de volta, e os logotipos da Brawn GP, da Mc Laren, da Red Bull e das outras equipes participantes só podem ser vistos nos enormes contêineres colocados em frente aos boxes, já com os pisos repintados, mas ainda descaracterizados. Nada dos vistosos carros ou das belas modelos que costumam enfeitar o evento mais badalado do automobilismo mundial. Apenas martelos, serras e empilhadeiras dão o som ambiente para centenas de funcionários que agem de forma eficiente, mas discreta, para tudo dar certo na vistoria final da Federação Internacional de Automobilismo, marcada para a próxima quinta-feira, dia 15 de outubro. "O Charlie (Whiting, diretor de corridas da Federação Internacional de Automobilismo) e o pessoal da Fia estarão aqui a partir de segunda-feira. Os próprios mecânicos costumam chegar apenas no domingo, mas saem para passear. O trabalho de montagem dos boxes deve começar segunda e o dos carros, apenas na quarta", explicou Montagner, admitindo estranhar o 'silêncio' registrado no autódromo nesta sexta. "Autódromo silencioso é complicado, mas é assim mesmo. Passamos quase um ano nos preparando para tudo acabar em seis horas de evento (entre treinos livres, oficial e corrida). Mas vale a pena, tanto que 70% das pessoas que começou a trabalhar aqui depois que o GP Brasil saiu do Rio de Janeiro (em 1990) continua", sorriu. Montagner também manteve o alto astral quando questionado sobre o que efetivamente falta ser feito em termos de obras para atender às solicitações da FIA. "Em termos estruturais a única mudança pedida foi emrelação ao muro na Curva do Café. Agora os pilotos terão a sensação de que o muro acompanha a curva", explicou, lembrando que foi naquele local que o piloto Rafael Sperafico perdeu a vida, em dezembro de 2007, durante prova da Stock Car Light. "Além disso, falta pintar as faixas das bordas da pista e recolocar as barreiras de pneus", finalizou.

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