postado em 10/10/2009 20:55
A pressão é a pior inimiga do Inter. O time teve a chance de ser líder do Campeonato Brasileiro e sucumbiu diante do Cruzeiro. Neste sábado, existia a oportunidade de se tornar vice-líder com uma vitória sobre o Atlético-PR. Mesmo atuando dentro do Beira-Rio, os colorados não conseguiram avançar na tabela, empatando por 1 a 1 e mantendo, provisoriamente, a terceira colocação.
No meio da tarde, a derrota do São Paulo para o Flamengo era tudo que os gaúchos queriam. Além de não vencer novamente em casa, o Inter, com 48 pontos, pode ser ultrapassado pelo Atlético-MG na segunda-feira. O time de Mário Sérgio tentará se redimir como visitante diante do Fluminense, na próxima rodada.
O empate é o segundo seguido do Atlético-PR no Brasileirão, que segue estagnado em 14º lugar. Na próxima rodada, o adversário é o Santo André, na Arena da Baixada.
Os paranaenses passaram o confronto todo se defendendo. Aos 33 minutos do segundo tempo, aproveitando-se da fadiga colorada, o gol saiu com Patrick. O empate do Inter saiu aos 44 minutos com Alecsandro. A virada quase aconteceu. Nos acréscimos, os gaúchos carimbaram o travessão de Galatto.
O jogo: A partida foi iniciar de verdade quando eram jogados 20 minutos. Antes disso, o tempo corria, o Inter se esforçava, enquanto o Atlético-PR se fechava, tirando os espaços para o adversário tocar a bola. Com uma marcação adiantada, além de Valencia não dar um segundo de sossego para D'Alessandro, o Furacão neutralizava os donos da casa, que abusavam da tentativa de lances em profundidade pelo meio, pois os lances pelos flancos inexistiam.
Só depois disso, a muito custo, os colorados conseguiram criar oportunidades. Primeiro com Danilo Silva. O lateral bateu firme de dentro da área em cima de Galatto. Taison teve chance parecida, mas arrematou muito mal. Novamente o camisa 7 apareceu com espaço, de fora da área ele chutou forte, o goleiro espalmou. No rebote, a sobra foi de Marcelo Cordeiro, a finalização saiu fraca, direto para os braços de Galatto, irritando o Beira-Rio.
Cordeiro não tinha tranquilidade em campo. Mário Sérgio indicou que mudaria o esquema, mas manteve o 3-5-2. Tática em que Kleber possui papel fundamental. Cordeiro precisou preencher a lacuna do titular. A torcida o vaiava a cada erro. O resultado foi a troca no intervalo colocando Andrezinho.
Da primeira etapa, ao Atlético ficou o desempenho defensivo, pois no ataque nada se viu. Alex Mineiro teve participação decorativa, bem como Wallysson. Sem ter batido uma vez a gol sequer, a dupla saiu para a entrada de Marcinho e Patrick.
As mudanças deixaram o Inter mais leve, mais insistente, aumentando a pressão. O Furacão seguia retraído, esperando a oportunidade para surpreender. Os primeiros lances de perigo do segundo tempo saíram em cobranças de falta. Primeiro com Andrezinho. Depois com Marcinho. Os dois chutes tiveram como destino a defesa dos goleiros.
A paciência do Atlético-PR surtiu efeito. A insistência do Inter para marcar virou cansaço. A pressão diminuiu. O Furacão aproveitou a brecha. Aos 31 minutos, Patrick foi derrubado por Índio na área. Nada foi marcado. Porém, dois minutos depois, o centroavante cabeceou, Lauro salvou, no rebote, o próprio Patrick abriu o placar.
O gol desestabilizou os gaúchos, que escaparam de levar o segundo, quando Wesley acertou a trave direita. Mesmo assim, aos trancos e barrancos, o empate chegou aos 44 minutos. Em levantamento de Glaydosn, Alecsandro empatou. Nos acréscimos a virada não veio por pouco. Teve grande defesa de Galatto e bola no travessão.