postado em 14/10/2009 11:24
Muitos cobravam uma demissão meteórica. Dunga suportou a pressão. Agora o técnico alcança uma marca importante no comando da Seleção Brasileira. No 50º jogo no pela equipe, nesta quarta-feira, contra a Venezuela, o ex-volante quer apenas confirmar que está em alta junto aos atletas e, sobretudo, torcedores.
Nas 49 partidas anteriores, Dunga somou 34 vitórias, dez empates e apenas cinco derrotas, conquistando os títulos da Copa América e da Copa das Confederações. Ainda assim, ele recorda as dificuldades do início. Foram muitas críticas sobre sua falta de experiência como técnico.
"Quando se inicia um trabalho é mais do que normal um período de desconfiança. Só que não podemos falar antes de as coisas acontecerem. Iniciamos uma reformulação só com três jogadores que haviam disputado a Copa da Alemanha", explicou Dunga.
A chegada de Dunga também trouxe um novo estilo de trabalho à Seleção. Antes, imperava a tranquilidade de Carlos Alberto Parreira. Com o novo técnico, respostas atravessadas fizeram parte do relacionamento com a imprensa.
"Esse é o estilo dele, um cara que quer ganhar sempre, demonstrar espírito de luta. Na realidade, o Dunga tenta se proteger, mas é uma pessoa fácil de conviver, alegre", defende o lateral esquerdo André Santos.
No contato com os atletas, Dunga é visto como um técnico parceiro. "Claro que o treinador deve cobrar, ser duro. É desta forma que o jogador rende. Mas o Dunga nos trata da maneira ideal, deixa todo mundo à vontade. Mostra que confia no jogador. Todos ficam confiantes em demonstrar seu melhor futebol", analisa o atacante Luís Fabiano.
Ao implantar um espírito guerreiro, Dunga conseguiu seu grande objetivo: trazer o torcedor brasileiro para o lado da Seleção. "Ficamos fechadinhos nos momentos mais difíceis porque sabíamos que o torcedor estaria ao nosso lado após bons resultados", explica o lateral direito Maicon.