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Após deixar FIA, Mosley promete publicar livro 'explosivo'

Em 23 de outubro, depois de 16 anos na presidência da FIA (Federação Internacional de Automobilismo) Max Mosley enfim deixará a entidade, mas a data não significará o fim das polêmicas envolvendo o britânico. Isso porque, uma vez aposentado, ele promete publicar um livro com revelações explosivas. "Quando eu dizer a verdade, há gente que se sentirá muito prejudicada", cravou Mosley, que na próxima semana será substituído por Jean Todt ou Ari Vatanen, ao periódico alemão Welt am Soontag. A saída na FIA acabou sendo uma das condições para contornar a guerra com as montadoras, que prometiam criar um campeonato alternativo. Nos últimos anos, o britânico já conseguiu ver fora da Fórmula 1 dois de seus principais desafetos, Ron Dennis e Flavio Briatore, antigos chefes de McLaren e Renault respectivamente. Porém, acompanhou também o fortalecimento de Luca di Montezemolo, presidente da Ferrari e da Fota (Associação de Times da categoria), que foi um dos principais críticos do presidente da FIA em março passado, época do polêmico escândalo sexual no qual o dirigente se envolveu. O episódio, acredita-se, será mais detalhado no livro, e pode até acabar respingando também em outras pessoas, conforme indicou Mosley. "É provável que alguns advogados tenham de trabalhar muito quando o livro for publicado", disse ele, que enquanto confecciona a obra faz campanha para a eleição de Todt como seu sucessor. "Neste ambiente dominado por dinheiro e gente egocêntrica a FIA tem de ser neutra. Essa é uma tarefa de proporções hercúleas, e Jean é um homem que se move como um testa-de-ferro. Ele fez seu caminho na Ferrari independentemente do que queria o presidente", concluiu o britânico, ainda fazendo uma referência a Di Montezemolo.