postado em 15/10/2009 17:54
A classificação da seleção argentina à Copa do Mundo uniu os dirigentes da AFA (Associação do Futebol Argentino) e o técnico do Maradona como nunca se tinha visto. Nesta quinta-feira, o presidente da entidade, Júlio Grondona, defendeu o comandante da Albiceleste das palavras ofensivas proferidas depois do triunfo diante do Uruguai, que garantiu a equipe no Mundial.
"Estes últimos quinze dias foram terríveis, muito duros. Tiraram do cargo eu, o Bilardo (Carlos, dirigente da AFA) e o Maradona. Qualquer um pode dizer coisas em determinados momentos, e depois se arrepender. Temos que entendê-lo", defendeu o principal dirigente do futebol argentino, antes de declarar a antipatia pela imprensa do país.
"Cada vez que tivemos o jornalismo contra, ganhamos. Quando tivemos a favor, perdemos na primeira fase. Existem muitos jornalistas esportivos sem experiência, que nos fazem perguntas em que temos que ser muito serenos para não reagir de forma negativa", afirmou Grondona à Rádio Província.
Maradona desabafou após o triunfo contra o Uruguai. Ainda no gramado do estádio Centenário, o técnico xingou jornalistas que teceram críticas sobre o seu trabalho nestas Eliminatórias. O treinador da Argentina manteve-se sisudo na entrevista coletiva, cobrando os 'periodistas' que foram contra o seu trabalho.
Garantido de forma direta na África do Sul, a Argentina evitou repetir o vexame de 1970, quando ficou de fora da Copa do México. A última vez que a Albiceleste disputou uma repescagem acabou sendo nas Eliminatórias para o Mundial de 1994. Após um empate na Austrália, a equipe derrotou os Socceroos por 1 x 0, em Buenos Aires, e garantiu a 'suada' vaga.