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Button não teme sair de Interlagos como "vilão"

postado em 15/10/2009 19:04
Concorrendo ao título mundial de Fórmula 1 com um brasileiro, Jenson Button pode se consagrar justamente em São Paulo. Entretanto, a possibilidade de acabar com o sonho verde-amarelo de voltar a dominar a Fórmula 1 - algo que não acontece desde que Ayrton Senna foi o melhor da temporada de 1991 - não causa preocupação no inglês da Brawn GP. "Não acho que posso sair daqui como vilão. Se fôssemos duas pessoas que se odiassem, a situação seria diferente, mas eu e Rubens temos trabalhado bem há quatro anos e agora não é exceção", comentou o líder do Mundial de Pilotos. "Estamos lutando por algo que sonhamos há muito tempo e há respeito entre a gente. Eu o bati na Inglaterra e quero fazer o mesmo agora", brincou o piloto. Em conversa com a imprensa brasileira, Rubinho confidenciou que tem recebido muitas mensagens através do Twitter desejando má sorte para Jenson. Alguns torcedores mais exaltados, contou, desejavam até a volta de Felipe Massa, a fim de que o paulista batesse no inglês para favorecer Barrichello. Curiosamente, no ano passado foi Rubinho quem recebeu este tipo de pedido dos fãs, no embate entre Felipe e Lewis Hamilton. "Brasileiro tem esse lado de "vamos com tudo para dar certo", que é gostoso e ao mesmo tempo é bem nosso. Mas eu tenho certeza que todos vão se comportar bem, sem hostilidade", comentou Rubinho. "O tal do Twitter fez com que houvesse uma aproximação muito grande do público com os pilotos e eu vejo que os meus fãs mandam mensagens para os quatro ou cinco que também possuem conta aqui, incluindo o Button. E, na minha opinião, eles sempre foram bem respeitosos", afirmou. Após defender Button das acusações de "playboy", que o piloto sofria na Inglaterra, Barrichello ainda falou das diferenças da torcida brasileira com relação à de outros países. "Aqui é uma torcida mais fanática. O italiano aos três de idade aprende o que é uma Ferrari, e para ele aquilo é tudo. Aqui, não: o brasileiro vem torcer para o piloto brasileiro e continua junto mesmo que ele vá para outra equipe. É mais piloto e menos carro", comparou.

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