postado em 16/10/2009 18:10
Responsável por decidir o Mundial do ano passado, o clima de São Paulo dá mostras que pode fazer o mesmo em 2009. Porém, para não viver a decepção de Felipe Massa, Rubens Barrichello pretende contar com todo tipo de ajuda, ainda que ela esteja muito longe de ter qualquer base na meteorologia.
"Vou consultar até minha avó para saber qual é a previsão de tempo dela", afirmou Rubinho. Foi no quintal da casa da avó, localizada atrás das curvas 1 e 2 do autódromo, que o brasileiro passou boa parte da infância e desenvolveu o amor pelo automobilismo. "Ela sempre ajudou nisso", garantiu o representante da Brawn, segundo melhor no primeiro treino livre do GP do Brasil e terceiro mais rápido na segunda sessão do dia.
Em 2008, Massa só não se sagrou campeão mundial porque Lewis Hamilton conseguiu ultrapassar o alemão Timo Glock na última curva da derradeira volta. A manobra foi enormemente facilitada pelo fato de o piloto da Toyota ter tentado cruzar a linha de chegada com pneus para pista seca, ignorando a chuva que caiu no autódromo no final da disputa.
"A estrategia de corrida depende muito do tempo, vai ser fundamental estar na hora certa e no momento certo. E isso não dá para saber. Uma escolha errada pode ferrar sua corrida", apontou Rubinho.
Ele acredita que o clima permanecerá o mesmo até domingo. "Não tenho uma bola de cristal, mas pela minha experiência, quando começa assim na sexta fica o final de semana inteiro. Vai ser aquela coisa de "chove-para", uma loteria muito grande. Vai dar uma bela mexida no grid..", analisou.
A respeito do poder do KERS em Interlagos, Barrichello o comprovou na prática. "Sai uma hora atrás do Hamilton para ver o que acontecia quando ele apertasse o botão... e ele foi embora. Na subida ali, você só sente o cheiro. É perigoso ficar atrás na corrida e não conseguir ultrapassar esses carros", admitiu o brasileiro. "Por isso, é importante dominar a prova desde o início", destacou.