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Di Grassi está quase lá

Em entrevista ao Correio, Lucas di Grassi fala sobre as chances de assumir o cokpit de um F-1 em 2010 e sobre o relacionamento com os outros brasileiros da categoria

postado em 20/10/2009 10:32

Lucas di Grassi é o terceiro piloto da Renault desde 2003. Aos 25 anos, é também uma das promessas do automobilismo nacional para 2010. Com o polonês Robert Kubica garantido no lugar de Fernando Alonso, que vai para a Ferrari, e com o francês Romain Grosjean decepcionando desde que assumiu o lugar do brasiliense Nelsinho Piquet, as chances de Lucas assumir um carro na próxima temporada são grandes. Além da escuderia francesa, o brasileiro estuda a possibilidade de competir por uma das quatro novas equipes da Fórmula 1: a espanhola Campos, a americana US Team, a malaia Lótus e a britânica Manor.
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Paulistano, Lucas di Grassi começou a correr de kart em 1997 por influência do pai. Apaixonou-se pela velocidade e desde então acumulou vitórias por todas as categorias que passou, como a Fórmula 3 inglesa e europeia e a GP2. Aos 19, foi escolhido entre centenas de pilotos em um programa de talentos da Renault. Não parou de subir na carreira. Neste fim de semana, ele era cotado para correr ao lado de Alonso, mas no final acompanhou o GP Brasil dos boxes. Torcia por Rubens Barrichello, apesar de admitir que as chances de título do brasileiro eram remotas. Em conversa com o Correio, o piloto contou detalhes sobre o seu início de carreira, a convivência com os outros brasileiros da categoria e as possibilidades para 2010. Confira aqui a entrevista.

Entrevista - Lucas Di Grassi

Como você começou a correr?

Comecei por causa do kart. Sempre gostei de correr e fiz o que gostava. Desde a primeira vez que eu andei de kart, me apaixonei. A partir daí, foi tudo bem.

Mas você já acompanhava automobilismo pela TV?

Não acompanhava muito. Eu comecei com 10 anos de idade. Simplesmente fazia porque gostava. E foi assim, em todas as categorias, até hoje. Eu só estou aqui porque gosto. Se não fosse assim, já teria saído.

Como foi chegar até o posto de 3; piloto da Renault?
Foi complicado. São várias etapas e dificuldades que você tem que passar. Graças a Deus foi tudo bem e hoje eu me divirto com o que eu quero.

O que você já aprendeu na Renault?

Um monte de coisas. Já andei mais de 5 mil quilômetros com o carro de F-1. Participo de todas as reuniões, do lado técnico e esportivo. Aprende-se muito. Cada ano é uma experiência nova, em cada pista você aprende coisas novas. Claro que não é a mesma coisa se eu estivesse guiando, lógico, mas sempre há o que aprender.

Confira o áudio da entrevista:


Como você lidou com a expectativa de poder correr em Interlagos?

Chegou bem perto. Acredito que houve essa possibilidade, mas no fim acabaram decidindo que seria melhor não me usar aqui no GP do Brasil. Mas tudo bem, faz parte. As coisas continuam mais para a frente.

Como é o seu relacionamento com Alonso?

Sempre foi saudável. Um relacionamento profissional. Não de amigos... O Felipe Massa, sim, é muito meu amigo. Com o Alonso nunca tive um relacionamento de amizade, mas de profissionalismo mesmo.

E com o Nelsinho Piquet?
Com o Nelsinho eu nunca tive nenhum tipo de relacionamento.

Como você vê a temporada de Rubens Barrichello?
Acho que ele perdeu o campeonato nas primeiras corridas. Se tivesse conseguido alguns pontos a mais, principalmente na corrida da Turquia (a única que Rubinho não completou este ano) sem dúvida ele estaria mais próximo, quem sabe até na frente do Jenson Button pelo que demonstrou na segunda metade do campeonato.

Onde você estará em 2010?
Difícil falar. Existe a possibilidade de ter alguma coisa aqui na Renault. Mas preciso ver com mais detalhes. E as equipes novas... Com certeza, para mim, são possibilidades boas.

Correr no ano que vem será a concretização de um sonho?

Sem dúvida. Já me vejo correndo no ano que vem. É o que eu gostaria e é para isso que eu vou trabalhar.

Estar no GP Brasil traz uma emoção diferente?
Sem dúvida. Fico em casa, vejo meus pais, meus amigos, converso com a imprensa. Sem dúvida é uma energia muito positiva.

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