postado em 21/10/2009 09:41
Após um treino classificatório dos sonhos, Rubens Barrichello viu qualquer chance de se manter na luta pelo título da temporada 2010 ser destroçada com a entrada do safety car ainda na primeira volta do GP do Brasil. Além de acabar com a estratégia do brasileiro, a série de incidentes no início da disputa permitiu ao rival Jenson Button pular da 14ª para a nona colocação sem qualquer esforço, o que deu ao inglês um impulso para a sua primeira conquista no Mundial de Fórmula 1.
Para piorar as chances de Barrichello, um pneu furado a oito voltas do final o impediu ainda de chegar ao pódio. Com a parada não prevista nos boxes, o piloto da Brawn GP teve que se confirmar em terminar a prova em casa apenas na oitava colocação. Apesar disso, ele nega a fama de "azarado".
"Não existe azar em cima de um problema técnico. É fraqueza do brasileiro achar que existe azar em cima de alguma coisa. Na minha opinião, não existe azar ou sorte, mas sim trabalho e problemas que ocorrem, principalmente humano", comentou o piloto. "Eu já tive problemas em vários componentes no carro e, desta vez, foi um pneu furado", lamentou.
Os problemas com os pneus de Barrichello foram uma constante na disputa. Logo após a primeira parada, o carro da Brawn começou a apresentar uma queda de rendimento com os novos compostos. "Eles colocaram mais gasolina para tentar ficar mais tempo na pista, só que isso detonou os pneus", explicou Rubinho.
Apesar de dizer ainda não saber por qual equipe correrá na temporada 2010, é dado como certo nos paddocks da Fórmula 1 que Rubens estará na Williams na próxima temporada. O piloto, porém, se negou a fazer previsões sobres suas chances de título no próximo ano.
"Não tenho bola de cristal para saber. O ano que vem ainda está muito longe. Estou feliz com a situação do meu campeonato deste ano, pela luta que foi. Acordamos muito tarde para o campeonato, pelo problema técnico do freio", afirmou o piloto, que no ano passado por pouco não encerrou sua carreira na F-1 após guiar o péssimo carro da Honda.
"Eu sempre sonhei com a volta por cima com a competitividade de lutar por corridas. Sempre tive uma carreira decente e seria muito chato terminar as corridas com um carro como o da Honda do ano passado. A Brawn veio a calhar, veio em um momento bom, em um momento competitivo, com a gente fazendo pole-position... 2009 foi um ano vitorioso. São altos e baixos e temos que aprender nos momentos baixos para nos tornar mais fortes", discursou Rubinho.