postado em 21/10/2009 11:57
Poliana Okimoto só precisava completar a última etapa do circuito de maratonas aquáticas da Fina (Federação Internacional de Natação) para ser campeã mundial, mas fez questão de confirmar a inédita conquista com estilo. Assim, venceu a prova de 10 quilômetros em Sharjah, nos Emirados Árabes, nesta quarta-feira.
"Eu só precisava completar, mas queria muito também vencer, então foi uma vitoria dupla", comentou Okimoto, que no total da competição nadou 110 km, em entrevista ao Sportv. "Considero-me uma pessoa muito corajosa por enfrentar tudo isso e ser uma vencedora. Tudo valeu muito a pena, comecei a trabalhar muito forte, estou muito feliz e emocionada".
Desde 24 de janeiro, a série passou por 12 cidades em quatro continentes (América do Sul, América do Norte, Europa e Ásia) e Okimoto esteve presente em 11 delas - só não disputou a prova de Lac St. John, no Canadá, em 23 de julho, pois a data coincidiu com o Campeonato Mundial de Desportos Aquáticos de Roma, no qual faturou a medalha de bronze na prova de 5 km.
De todas as disputas, a brasileira ganhou nada menos que nove - antes de Sharjah, já havia triunfado em Setúbal (POR), Annecy (FRA), Copenhague (DIN), Nova York (EUA), Chun An (CHN), Shantou (CHN), Hong Kong (HKG) e Dubai (EAU). Só não terminou na frente, nesse contexto, em Santos e Varna (BUL), onde ficou com a segunda colocação atrás da atual campeã olímpica, a russa Larisa Ilchenko.
Mais Brasil: Poliana Okimoto à parte, outros dois brasileiros apresentaram um grande rendimento na temporada 2009 das maratonas aquáticas. São eles Ana Marcela Cunha e Allan do Carmo, que também integraram o grupo dos três melhores da competição.
No evento masculino, Do Carmo assegurou a medalha de prata nesta quarta-feira, quando fechou sua participação em Sharjah em oitavo. Antes mesmo do início da etapa, ele não tinha chances de ultrapassar o campeão, o alemão Thomaz Lurz.
Ana Marcela Cunha, por sua vez, vinha ostentando o segundo lugar entre as mulheres somente atrás de Okimoto, porém acabou prejudicado por uma virose que a impediu de viajar aos Emirados Árabes. Como a disputa da última etapa do ano era obrigatória, ela acabou não tendo seu posicionamento confirmado.