postado em 21/10/2009 12:55
Embora o chefe esportivo da BMW, Mario Theissen, afirme que é Frank Williams a pessoa que separa o novo time a ser formado em Hinwill de participar da Fórmula 1 em 2010, não apenas o histórico dirigente é contra a expansão do grid para 28 carros. A garantia vem do co-proprietário da Williams, Patrick Head.
Pelo menos publicamente, dos membros da Fota (Associação de Times da F-1) somente a Williams está barrando a inserção da antiga BMW, ainda dirigida por Peter Sauber e agora comprada pelo grupo suíço Qadbak Investments. "Vamos dizer que não entendo porque Frank mantém sua posição de ser a única pessoa contra", já lamentou, nesse contexto, Theissen, lembrando na semana passada que é necessária uma unanimidade no órgão para alterar o regulamento.
Nesta quarta, porém, Patrick Head desmentiu esse cenário apresentado pelo alemão. "Ao menos metade dos 12 chefes de equipes nos disseram sustentar a mesma visão que a nossa", revelou Head. "Todos eles estão dizendo: 'Valeu Frank, você defende exatamente o que pensamos'. Então não é verdade que representemos a única oposição", completou.
Explicando novamente a posição da Williams, o diretor-técnico argumentou que um grid com 14 escuderias significaria um problema de logística para a Fórmula 1. "Entendo que alguns estreantes têm sido solicitadas a operar em um pit localizado na grama no ano que vem", ironizou.
A princípio, a BMW teria vaga garantida no Mundial, porém tudo mudou com a decisão de abandonar a categoria. Até ser concluída a venda da fábrica de Hinwill a Qadbak Investments, no mês passado, a FIA (Federação Internacional de Automobilismo) já havia concedido vagas a USF1, Manor, Camos e também a Lotus, última equipe a ser escolhida pela entidade. "Não é nada contra Peter Sauber ou a BMW", continuou Head. "Não importa quem seja o 14º participante, não sentimos que isso seja apropriado".