postado em 25/10/2009 08:29
Vencedores da última etapa do Campeonato Brasiliense de jiu-jitsu, Francisco Santoro (Kiko), Gustavo Henrique, Nielson Nunes e Rodrigo Gomes representarão o DF no Open Internacional de Miami, na Flórida (EUA), no próximo sábado, 31 de outubro. A competição promete grandes emoções para a equipe candanga, sobretudo para Gustavo, que se despede da categoria de base. "É meu último campeonato como amador. Trocarei a faixa marrom pela preta no mês que vem. Além disso, o Open será uma forma de reforçar meu preparo para a seletiva da Seleção Brasileira, em dezembro", explica.
Desde 2002 a Confederação Brasileira de Jiu-Jitsu (CBJJ) não participa de uma luta na cidade americana. O último evento foi o Campeonato Pan-Americano, em 2002. "Vamos com a expectativa de fazer boas lutas. Quem vai inseguro, achando que vai perder, já chega derrotado", afirma o faixa preta 2º dan, Kiko, que disputa a categoria superpesado, para atletas com mais de 100kg.
Para não fazer feio, Gustavo e Kiko, da Constrictor Team, treinaram juntos de segunda a sexta. "É bom porque, como o Kiko é faixa preta, tem maior experiência e o treino flui melhor", conta o faixa marrom, que é da categoria meio pesado, até 85,3kg. Recém recuperado de lesão no joelho direito, ele vê no campeonato a chance de aprimorar sua luta.
Com treinos diários de quatro a cinco horas por dia, com descanso apenas aos domingos, Kiko aproveita o horário do almoço e depois do expediente como assessor político para subir ao tatame. O treinamento é dividido em duas partes: a técnica e a prática, com inserção de golpes de judô em pé - com pegadas de manga e gola - e preparação física.
Assim como o colega, Gustavo tem a mesma carga horária de treino, mas concentrada na parte da noite. "Treino de segunda a sexta e invisto bastante na parte aeróbia. Corro e malho três vezes por semana para manter o meu peso (85kg)", revela.
Arte suave
Desenvolvido no Japão, o jiu-jitsu, que significa "técnica suave", tem como principal objetivo imobilizar o adversário por meio de golpes nas articulações - principalmente braço e tornozelo - e nos estrangulamentos. Uma das características mais marcantes da modalidade é que o lutador utiliza a força e o peso do seu adversário contra ele mesmo. No Brasil, a prática do esporte é muito diferente do que o original. Além de aprimorar o combate no chão, o estilo está mais baseado na técnica do que na força.