postado em 25/10/2009 08:37
Enviada Especial
Relaxante muscular, spray para dor e muito gelo. Esses foram alguns dos recursos utilizados pelas equipes que disputaram ontem o terceiro dia do Desafio SP/RJ 600K de Corrida Nike, com percurso de 185km. Mas alguns grupos usaram métodos menos convencionais para aliviar os efeitos da exaustiva prova de revezamento, que termina hoje, na Praia de Ipanema, com a disputa dos últimos 10km. No time Speed, do Rio de Janeiro, por exemplo, o sport tape entrou em cena e cobriu os principais músculos dos atletas, dando uma forcinha extra e evitando a quebra dos corredores.
"É a primeira vez que uso. Estava sentindo como se tivesse fissurado a perna. Agora aliviou a dor e estou conseguindo dar o meu melhor na corrida", afirmou Ana Cristina Alves, depois de percorrer um dos trechos da prova. O sport tape, no entanto, não age sozinho. Além de ser preciso aliar o método com massagem e gelo, ele deve ser aplicado da forma correta. "Não adianta usar de qualquer jeito e aplicar no lugar errado. O efeito não vai ser o mesmo", explicou a fisioterapeuta da equipe, Cláudia Gafazza.
Parecido com o esparadrapo convencional, ele tem a cor azul e o material é mais elástico, dando maior mobilidade ao corredor. Além de resistir ao suor dos atletas, não assa, nem arranha a pele. "Ele é ideal para esse tipo de competição. A musculatura fadigada se contrai para se proteger e, nesse caso, o sport tape ajuda a aliviar a dor", explicou Gafazza. O artifício também contribui para prevenir as lesões.
Nos casos de prevenção, como o de Rodrigo Lira, o esparadrapo branco pode ser uma das alternativas. Com aplicações nos dois joelhos, ele garante que não sente dor. "Estou zero. Não sinto nada. Uso para evitar problemas. É muito esforço", contou. O sport tape pode resistir até 48 horas na pele da pessoa. A única desvantagem é o preço salgado, em torno de R$ 80.
Brasília cai, mas se recupera
Sempre figurando entre as oito primeiras das 21 equipes em disputa, Brasília começou mal o terceiro dia de prova, que teve largada em Angra dos Reis e chegada na Barra da Tijuca. O grupo da cidade chegou a ficar em 16º lugar, mas conseguiu recuperar a vantagem cruzando a linha de chegada em 9º, com 12h22min27seg.
"Demoramos para acordar na prova. Mas com o calor, todas as equipes sofreram e a gente se recuperou", explicou Júlia Beckman. "Hoje, foi um dia de superação. Buscamos tudo que havíamos perdido e chegamos aonde estávamos. O calor igual ao de Brasília foi melhor. Muita gente quebrou e nós continuamos bem", completou Felipe Luís Matos.
Resultado do terceiro dia
1. Belo Horizonte-MG - 11h38smin55seg
2. Curitiba-PR - 11h45min
3. Filhos do Vento-RJ - 11h51min22seg
4. Fast Runner-SP - 11h58min45seg
5. Cariocas Runners-RJ - 12h00min54seg
6. Butenas-SP - 12h12min
7. Núcleo Aventura-SP - 12h16min20seg
8. Five Ways-SP - 12h21min09seg
9. Brasília-DF - 12h22min27seg
10. Porto Alegre-RS - 12h25min57seg
Classificação até o segundo dia
1. Belo Horizonte-MG - 22h51min52seg
2. Curitiba-PR - 23h07min50seg
3. Cariocas Runners-RJ - 23h21min40seg
4. Filhos do Vento-RJ - 23h35min52seg
5. Butenas-SP - 23h45min32seg
6. Núcleo Aventura-SP - 23h55min57seg
8. Fast Runner-SP - 23h56min45seg
9. Brasília-DF - 23h58min01seg
10. Race-SP - 24h13min08seg