postado em 28/10/2009 15:01
As revelações de Andre Agassi já começaram a repercutir. E de uma maneira não muito agradável ao ex-tenista. Presidente da Agência Mundial AntiDoping (WADA), John Fahey pediu uma investigação sobre o doping que o atleta diz ter cometido em 1997, quando usou metanfetaminas e chegou a testar positivo, mas escapou das punições ao mentir para a ATP.
"A Wada espera que a ATP lance luz sobre essas afirmações", comentou o dirigente, através de nota oficial nesta quarta-feira. Ele se disse decepcionado com o vencedor de oito Grand Slams, nas suas palavras, "um modelo que deve alertar os jovens para o perigo do doping".
Entretanto, o diretor geral da entidade, David Howman afirmou que não há nenhuma possibilidade de haver uma punição retroativa oo norte-americano, pelo menos por parte da WADA.
"Estamos presos por uma limitação de oito anos, então não podemos fazer nada. Talvez seja por parte da ATP ou da ITF, depende da forma como o jurídico deles é organizado. Mas é improvável, por conta das limitações", alegou.
ATP e ITF
Também em comunicado oficial, a ATP (Associação dos Tenistas Profissionais) limitou-se a dizer que vai formar uma comissão independente para verificar o caso.
Já o presidente da Federação Internacional de Tênis (ITF) foi mais incisivo. Porém, não falam em punição. "A ITF está surpresa e desapontada pelos comentários feitos por Andre Agassi em sua biografia, admitindo o consumo de substância proibida em 1997", comentou Francesco Ricci Bitti.
"A ITF, os Grand Slams, ATP e WTA estão agora unificadas nos esforços para manter o tênis livre do uso de drogas, e isto não pode ser ofuscado por um incidente que aconteceu há 12 anos. As declarações do Sr. Agassi, no entanto, confirmam que é preciso um rígido programa antidoping", finalizou.