postado em 29/10/2009 16:01
A 'mala branca' que teria sido entregue pelo Cruzeiro ao Barueri por um resultado positivo contra o Flamengo na noite desta quarta-feira dificilmente renderá punição. Essa é a opinião de Paulo Schmitt, Procurador-geral do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). A falta de provas é o principal empecilho para a atuação do órgão.
"Final de campeonato é sempre assim, essa boataria toda", minimizou Schmitt, em entrevista ao site Justiça Desportiva. Após as declarações do atacante Val Baiano e do goleiro René, que afirmaram ter recebido dinheiro do Cruzeiro, adversário direto do Flamengo por uma vaga no G-4, os clubes envolvidos imediatamente entraram em ação para 'esfriar' o episódio.
O time de Belo Horizonte negou a atitude e pediu apuração dos fatos. A diretoria do Barueri, por sua vez, mostrou desconhecimento sobre o assunto e emitiu comunicado condenando a prática. Além disso, nem todos os atletas admitiram ter recebido valores, como no caso do lateral esquerdo Márcio Careca.
"Eu particularmente escutei um boato que estavam dando dinheiro, mas não sei, até porque estava bastante concentrado no jogo. Sei que houve o boato, mas não sei qual foi o clube, se foi o Cruzeiro",disse o jogador, em entrevista à Rádio Brasil. Em meio a tudo isso, o STJD fica sem provas concretas, de acordo com Paulo Schmitt.
"O difícil é provar. A princípio, não existem indícios que provem o que foi dito e que a Procuradoria possa agir", complementou o dirigente. Se tais provas aparecerem, a punição pode ser pesada: as equipes envolvidas poderiam ficar até quatro anos impedidas de participar de competições oficiais, de acordo com o Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD).