postado em 04/11/2009 14:14
Um dos principais atrativos para as grandes transferências para Espanha, a chamada "Lei Beckham" pode ser anulada no país ibérico. Isso porque uma aliança formada por partidos políticos espanhóis está tentando revogar os subsídios fiscais dados a estrangeiros no país. Diante deste panorama negativo, a Liga de Futebol Profissonal (LFP), que gere a competição, ameaçou paralisar o torneio caso a medida seja aprovada.
Notoriamente contrária à medida idealizada pela Izquierda Unida-Iniciativa per Catalunya-Verds, Bloque Nacionalista Galego e PSOE, partido de José Luis Rodríguez Zapatero presidente do governo da Espanha, a LFP convocou uma assembléia extraordinária para debater a questão e se mobilizar contra o fim da lei que garante privilégios a estrangeiros no país.
"Podemos decidir por uma interrupção do Campeonato", afirmou o vice-presidente da entidade, Javier Tebas, que ainda disse que a atitude está respaldada. "A grande maioria dos clubes com que falamos já está de acordo".
Entenda o caso: A "Lei Beckham" é uma espécie de subsídio fiscal que a Espanha encontrou para inicialmente tentar atrair investidores de outros países. Ela prevê uma tributação de apenas 24% sobre o salário bruto de estrangeiros que residam no Espanha, taxa bem menor do que os 43% atribuídos para que nasceram no país.
Foi por meio da "Lei Beckham", que tem esse nome por entrar em vigor justamente com a chegada do astro inglês ao país, que o Real Madrid conseguiu atrair atletas para montar o seu atual time "galáctico". O atacante português Cristiano Ronaldo, por exemplo, recebe cerca de 9 milhões de euros brutos por ano do clube, mas fica com 6,8 milhões de euros líquidos após os impostos. Caso tivesse os mesmos vencimentos na Inglaterra, esse número seria de 4,5 milhões de euros.