Tóquio ; Após estrear com vitória por 3 x 0 contra a República Dominicana (25/23, 25/26 e 25/17) na madrugada de ontem no World Grand Champions Cup, a Seleção Brasileira faz hoje, às 8h, sua segunda partida na competição disputada no sistema de pontos corridos até o dia 15. O SporTV (Net e Sky) anuncia a transmissão.
Dos quatro rivais que o time do técnico José Roberto Guirmarães ainda tem pela frente ; Japão, Coréia do Sul, Itália e Tailândia ;, o Japão, adversário de hoje, é um dos que mais preocupa. Se as italianas tem, na opinião de Zé Roberto, o melhor time de vôlei feminino do mundo na atualidade, as japonesas levarão à quadra uma equipe que vive, segundo o comandante do Brasil, sua melhor fase. A Seleção fez recentemente três amistosos contra o time japonês e esses jogos foram suficientes para que o técnico percebesse uma grande evolução.
"O time do Japão está com uma dinâmica boa de jogo", ressalta. "O saque está preciso e forçado, o bloqueio se move com velocidade, a defesa, como sempre, ágil e a equipe contra ataca muito bem", destaca Zé Roberto, que classificou as japonesas como fortes candidatas ao título.
Na partida de ontem, principalmente no primeiro set ; quando a República Dominicana, comandada pelo brasileiro Marcos Kwiek, deu muito trabalho e chegou a abrir 19/12 no placar ;, o Brasil cometeu vários erros primários e só depois de estar perdendo por sete pontos de diferença é que a equipe "acordou" e entrou em quadra, com seu característico jogo vibrante.
Cientes de que não podem vacilar assim contra as japonesas, as brasileiras prometem entrar concentradas desde o início. "Vai ser um jogo difícil", acredita a levantadora e capitã Dani Lins. "Elas têm um volume bom de jogo, com bolas rápidas. Temos que ter muita concentração."
O discurso de Dani Lins é o mesmo do resto do elenco. "O time deles cresceu muito nesses últimos meses e será um dos jogos mais difíceis desse torneio", acredita a atacante Sheilla.
Candanga com todo o gás
Contra a República Dominicana, a brasiliense Paula Pequeno não atuou. "Não precisou", justificou ela. Hoje, entretanto, Paula, uma das seis campeãs olímpicas de Pequim que está no Japão (as outras são Thaissa, Mari, Sassá, Sheilla e Fabi), deverá ser muito acionada. E, assim como Zé Roberto, ela espera um jogo duro contra as japonesas. "Temos que estar ligadas desde o começo, porque o Japão vai dar trabalho", avalia a candanga.
Depois do Japão, o Brasil faz mais um jogo em Tóquio, contra a Coréia do Sul (à 0h30 de amanhã) e, então, parte para Fukuoka, onde acontece a fase final da competição. Lá, as atuais campeãs olímpicas enfrentam a Itália na madrugada de sábado, em um jogo que pode definir o campeão do torneio. A equipe encerra a competição duelando contra a Tailândia, no domingo.
Se vencer o World Grand Champions Cup, o Brasil chegará ao 10; título seguido. Desde o Grand Prix do ano passado, a Seleção triunfou em todas as competições que disputou. Depois daquele torneio, vieram os ouros nas Olimpíadas de Pequim e no Final Four, ambos em 2008. Este ano, a equipe manteve-se vitoriosa, faturando os títulos do Torneio de Montreux, Copa Panamericana, Torneio Classificatório para o Campeonato Mundial, Final Four, Grand Prix e Campeonato Sul-Americano. "Se Deus quiser vamos fechar o ano com chave de ouro e mais esse título", espera Dani Lins, cada dia mais à vontade como maestra da Seleção.
O repórter viajou a convite da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV)