postado em 11/11/2009 13:00
O diretor de futebol Mário Gobbi sempre disse que a contratação do meia Juan Román Riquelme não passava de um sonho (falou com muito mais entusiasmo nos últimos dias). Nesta quarta-feira, no entanto, o Corinthians 'acordou'. O jogador argentino dificilmente deixará o Boca Juniors.
Ao saber da relutância de Riquelme em sair do seu clube de coração e do alto investimento necessário para sacramentar o negócio, o diretor de marketing Luis Paulo Rosenberg cancelou a viagem que faria nesta tarde para Buenos Aires. Uma reunião com dirigentes do Boca Juniors estava prevista para ocorrer na quinta-feira.
"O Luis Paulo iria hoje para a Argentina, mas não vai mais. Isso porque o Riquelme não passa de um sonho impossível", lamentou Gobbi. "Não passamos dos atos preparatórios da negociação. No levantamento de dados, percebemos que não tínhamos algo palpável", acrescentou.
Rosenberg contava com o aporte financeiro da DIS, braço esportivo do Grupo Sonda, para contratar Riquelme. A empresa arcaria com cerca de US$ 2,5 milhões (R$ 4,2 milhões) para rescindir o vínculo que o atleta mantém com o Boca Juniors até a metade de 2010. Já o Corinthians recorreria a patrocinadores para destinar o mesmo valor anualmente ao meia.
"A vida do Riquelme é o Boca Juniors. Se não me engano, ele está jogando gratuitamente lá. É algo muito bonito. E o Corinthians tem problemas de finanças. Se estou com R$ 100 na carteira, não vou entrar em uma loja cuja peça mínima custa R$ 200", metaforizou Gobbi.
Embora o diretor de futebol agora seja pessimista, o sonho do Corinthians ainda não se transformou em pesadelo. "Vamos avaliar com calma para ver se encontramos alguma maneira de viabilizar a vinda do Riquelme. Queremos chegar com alguma coisa que o atraia, mas é difícil. É uma negociação extremamente complexa, mais do que a do Ronaldo", comparou Mário Gobbi.