Geralmente estafado após uma desgastante temporada quando chega ao Masters 1000 de Paris, Novak Djokovic jamais havia passado das oitavas de final do torneio. Este tabu foi quebrado nesta quinta-feira, quando o sérvio arrasou em 1h15 o francês Arnaud Clement por duplo 6/2 e se classificou para pegar o sueco Robin Soderling, que ainda luta por uma vaga na Masters Cup.
Com um histórico ruim na competição francesa, Djokovic conhecera duas eliminações na estreia e mais duas na terceira rodada em quatro participações até aqui. Curiosamente, nesta quarta-feira ele também havia gerado desconfiança, tendo sido obrigado a salvar dois set points antes de aplicar 2 x 0 sobre o argentino Juan Mónaco.
Após passar um relativo sufoco, o sérvio não deu chances a Clement, contra quem realizou um show intercalando slices, deixadinhas, voleios, lobs e bons serviços (foram oito aces no total). O veterano, de 31 anos, até se esforçou bastante, porém só conseguiu respirar no início da partida, em que quebrou o serviço do oponente e sacou em 40-15 para abrir 2/1 - chance que seria desperdiçada.
De forma inédita nas quartas, Djokovic tenta agora atrapalhar os planos de Soderling. Algoz do russo Nikolay Davydenko em um confronto direto pela Masters Cup, o sueco precisa ao menos ir à final em Paris para se garantir na competição que será disputada em Londres - caso não conquiste o título, deverá ainda esperar que Fernando Verdasco não avance às semis.
Embora a motivação nesta sexta-feira seja maior pelo lado do escandinavo, o balcânico é o favorito levando-se em conta o retrospecto. Em quatro encontros já realizados, o número três do mundo venceu todos e perdeu apenas um set. O último aconteceu em outubro na penúltima fase do ATP 250 de Pequim, onde o placar construído foi de duplo 6/3.