Superesportes

O estilo preferido dos seguranças

Instrutor radicado em Brasília desenvolve técnica a partir da integração de diferentes artes marciais. A nova modalidade faz sucesso entre policiais e profissionais do Judiciário

postado em 17/11/2009 08:56

O mineiro Antônio Tibery, 67 anos, pratica artes marciais desde a infância. Nos primeiros anos, acompanhava o pai nas aulas de jiu-jitsu. A curiosidade, porém, o levou a outras modalidades, como judô, karatê e capoeira. No aikidô, obteve a maior graduação, alcançando o 3; dan. Mas, apesar da grande experiência no universo das lutas, Tybery continuava inquieto, em busca de um estilo que se diferenciasse pela eficiência e contivesse sólidos preceitos filosóficos de não violência.

A procura do ex-professor de matemática da UnB se encerrou quando ; depois de muitas pesquisas e até mesmo viagens ao exterior ; ele olhou para dentro de si. Resolveu então fundir e aprimorar o conjunto de técnicas que conhecia. Baseado em 27 movimentos, criou o ami-jitsu, modalidade que tem conquistado adeptos especialmente entre os profissionais de segurança. Nos últimos dois anos, grupos de policiais civis e militares, além servidores do Superior Tribunal de Justiça (STJ), foram treinados por Antônio Tibery no combate de situações de tumultos.

Aos 67 anos, Tibery exibe excelente condicionamento físico, resultado da prática que criou;O pessoal de segurança aprecia o ami-jitsu porque a modalidade oferece uma forma rápida, eficiente e não agressiva de controlar investidas violentas durante um protesto público, um grande evento ou uma ação de criminosos, por exemplo;, explica Tibery. ;Usamos o fluxo de energia do rival contra ele mesmo, em movimentos circulares, aplicando torções, imobilizações e lançamentos.;

Apesar do reconhecimento da eficácia da técnica em momentos de combate, Tibery enfatiza a necessidade de integrar o desenvolvimento físico ao crescimento mental e espiritual. ;Essa é a síntese do ami-jitsu: a eficiência, ressaltada pela cultura ocidental, e a harmonia, típica do Oriente. No fundo, não os vejo como elementos distintos, mas como complementos de um conjunto;, define o mestre.

20 anos de existência

A sigla Ami significa artes marciais integradas. A arte desenvolvida pelo professor Tibery utiliza palavras em português na nomenclatura dos golpes e teve a primeira turma aberta ao público em abril de 1989, no Clube dos Previdenciários. Hoje, ele treina em um dojô de 225 metros quadrados, sem colunas,
no Park Way.

Instrutor radicado em Brasília desenvolve técnica a partir da integração de diferentes artes marciais. A nova modalidade faz sucesso entre policiais e profissionais do Judiciário

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