postado em 19/11/2009 21:18
O Palmeiras não quis brincar com a ira de seus torcedores presentes ao Aeroporto de Congonhas. No início da noite desta quinta-feira, um dia depois da derrota frente ao Grêmio, o clube descartou encarar os protestos previstos no saguão de desembarque. Jogadores, comissão técnica e diretoria entraram no ônibus do clube ainda na pista de pouso dos aviões.
Um grupo de torcedores organizados - entre 20 e 30 pessoas - esteve em Congonhas para cobrar os jogadores pela queda de rendimento na reta decisiva do Campeonato Brasileiro. Representantes da TUP (Torcida Uniformizada do Palmeiras) carregavam um saco de pipocas que seriam atiradas no elenco. Já um outro palmeirense, que não se identificou, fez ameaças físicas aos jogadores e ao técnico Muricy Ramalho.
"Eu vejo essa manifestação como isolada, eu ainda estou concentrado com o time, no aspecto de quando houver chance, não vou entregar os pontos. É um campeonato difícil, muito surpreendente neste ano, estamos três pontos atrás do líder. Não quero entrar no mérito, só acho que não é o momento de jogar a toalha. Essa é a hora de ter serenidade", afirmou o diretor de futebol Genaro Marino, que acompanhou a delegação na capital gaúcha.
Com o temor de um problema generalizado em Congonhas, a segurança foi reforçada para a delegação alviverde. O ônibus foi acompanhado por viaturas e motocicletas da Polícia Militar, além de um veículo com uma dezena de seguranças particulares. Na chegada à Academia de Futebol, uma parte da Avenida Marquês de São Vicente acabou isolada para a passagem dos palmeirenses.
O técnico Muricy Ramalho preferiu não seguir com a delegação para a Academia de Futebol. Durante o caminho até o CT alviverde, o treinador desceu do ônibus, pegou um táxi e provavelmente partiu para sua residência.
Os funcionários do Palmeiras já previam problemas em Congonhas. Uma hora antes do desembarque, os seguranças conversaram com os policiais presentes no aeroporto e pediram apoio para a saída da delegação.