Superesportes

'Mão santa' de Henry divide opiniões no governo francês

postado em 20/11/2009 10:02
A imagem da seleção francesa de futebol está arranhada. O polêmico gol que garantiu os Bleus na Copa do Mundo de 2010, originado em uma jogada ilegal de Thierry Henry, que conduziu a bola com a mão antes de cruzar para Gallas decretar o empate por 1 x 1 e a classificação, segue repercutindo. Apesar de a Fifa não admitir a marcação de um terceiro jogo entre as seleções, algumas figuras importantes para a vida política e econômica do país, campeão mundial em 1998, defenderam a ideia dos irlandeses. A ministra da Economia francesa, Christine Lagarde, por exemplo, disse em entrevista a uma rádio local nesta sexta-feira que "seria bom para a imagem" se houvesse um novo duelo contra a Irlanda. "A Fifa precisa revisar as normas se elas não são corretas. Estou muito contente que a França esteja na Copa, mas é muito triste que o time tenha se classificado com este artifício", opinou Lagarde. Roselyne Bachelot, ministra da Saúde e Esportes, mostrou sintonia com a colega de governo e afirmou categoricamente que a conquista da vaga na África do Sul lhe deu "mais vergonha do que orgulho" pela forma como aconteceu. Se o lado feminino do governo deixou clara sua indignação, o mesmo não se pode dizer da ala dos homens. O presidente francês, Nicolas Sarkozy, por exemplo, preferiu se isentar: "Não vou me colocar no lugar do árbitro", avisou, limitando-se a se desculpar com o primeiro-ministro irlandês, Brian Cowen, durante reunião da cúpula da União Europeia, em Bruxelas, na Bélgica. O primeiro-ministro francês, François Fillon, seguiu a mesma linha de raciocínio do presidente e afirmou que "os governos não devem se envolver nos assuntos relacionados à Fifa".

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