postado em 20/11/2009 11:05
Dois amistosos dentro de casa, dois empates sem gols. O reinício do trabalho de Carlos Alberto Parreira na África do Sul acabou sendo, segundo o próprio, menos feliz do que o esperado, mas o treinador cita pontos positivos e garante ver "uma luz no fim do túnel" para a seleção que espera não ser a primeira da história a cair na fase de grupos de uma Copa do Mundo como mandante.
Os resultados conhecidos nos últimos dias contra Japão e Jamaica aumentaram para 11 partidas o jejum de vitórias dos Bafana Bafana, que por causa dessa sequência ruim demitiram Joel Santana. Reconduzido ao cargo que havia abandonado em 2008 por problemas familiares, Parreira estava "desesperado" para quebrar esse tabu. "Seria muito bom ter vencido e estou desapontado, porém feliz com a performance do time. Agora temos de pensar no futuro", projetou, em entrevista publicada no site da Fifa.
Segundo o campeão da Copa do Mundo de 1994, a África do Sul já mostrou potencial anteriormente quando, em sua antiga gestão, bateu o Paraguai, e na última Copa das Confederações. Nessa competição, a equipe teve bastante tempo para treinar, o que acontecerá também antes do Mundial, e é exatamente nisso que Parreira confia para ver uma "luz no fim do túnel".
"Quando tivermos este time bem fisicamente, ele se provará bem mais competitivo. Quando trabalhei aqui pela primeira vez vencemos o Paraguai por 3 x 0 e é esse padrão que quero recuperar. Os jogos contra Brasil e Espanha neste ano também mostraram o que podemos fazer quando os atletas-chave estão em forma", avaliou, lembrando-se do amistoso vitorioso em março de 2008 e das derrotas por diferença de apenas um gol para os líderes do ranking da Fifa.
Visando a alcançar o melhor entrosamento e as melhores condições físicas possíveis antes da Copa, Parreira levará o plantel para um período de quatro semanas de treinamento no Brasil em março. "Esperamos disputar seis confrontos contra adversários de qualidade. Isso será muito benéfico", previu. A dificuldade, porém, será não contar com os atletas que atuam na Europa e não serão liberados por seus clubes, casos, por exemplo, do zagueiro Aaron Mokoena (Portsmouth), do meia Steven Pienaar (Everton) e do atacante Benni McCarthy (Blackburn).