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"Triste" por abandonar nome, Brawn garante futuro da equipe

postado em 21/11/2009 11:44
Uma mistura de sensações mexeu com a cabeça de Ross Brawn na hora de assinar o contrato para vender 75,1% das ações da Brawn GP à Mercedes-Benz. Admitindo uma pequena "tristeza" porque a equipe mudou de nome após nem um ano de existência, ele ao mesmo tempo se mostra satisfeito, já que garantiu o futuro da fábrica de Brackley na Fórmula 1. Ao se analisar a situação vivida por Ross Brawn agora, poucos poderiam imaginar que, em fevereiro passado, ele não sabia se poderia levar à pista um carro "vencedor" que acabou tornando-se campeão mundial de construtores e pilotos. "Nós não tínhamos noções de que poderíamos continuar", relembrou ao jornal The Independent o inglês, que antes só havia tido experiências como chefe e diretor-técnico de times da categoria. "Mas eu não queria encerrar minha carreira no fim de 2008, o pior campeonato que tive em 15 anos". Ao final, a opção tomada por ele e Nick Fry de continuar na Fórmula 1 não poderia ter sido melhor. Depois de faturar sete títulos de construtores na soma de Ferrari e Benneton, o dirigente brilhou também com a Brawn GP, que está se despedindo da categoria com apenas oito meses de vida. "Como disse para nosso staff, é triste deixar que um time só exista por um ano, mas que ano", comentou, vibrando com a campanha de oito vitórias nas 17 provas da temporada. "Tivemos um período maravilhoso e a decisão foi difícil, porém nos juntamos à marca mais prestigiosa da história do automobilismo". Agora, Brawn voltará a exercer somente a função de chefe da Mercedes Grand Prix. "Em certos momentos um proprietário de equipe tem de passar isso adiante. Tenho quase 55 anos e não estou planejando ser como Bernie (Ecclestone)", projetou, em referência ao chefão comercial da Fórmula 1 que nasceu em 1930 e desde 1972 está ligado à categoria. Além disso, com a companhia alemã o inglês acredita ser possível "repetir o sucesso" no próximo campeonato. "Nós já trabalhamos juntos com o grupo (da Mercedes) que fabrica os motores. Foi uma oportunidade de dar ao time um futuro muito forte".

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