postado em 21/11/2009 16:28
Sobrinho do tricampeão mundial Ayrton Senna, Bruno Senna se prepara para estrear na Fórmula 1. Com a lembrança da morte do tio famoso ainda fresca na memória, o jovem piloto brasileiro fala em somar pontos em sua primeira temporada na principal categoria do automobilismo."Eu estava vendo a corrida em casa. Tinha só 10 anos e na minha cabeça ele iria levantar, sair do carro e dar de ombros. As coisas obviamente não ocorreram assim. O telefone começou a tocar, minha mãe ia de um lado para o outro e vimos que toda a situação era mais séria", disse Bruno em entrevista à agência Reuters.
Ayrton Senna morreu no Grande Prêmio de San Marino, no Circuito de Imola, no dia 1; de maio de 1994. Então piloto da Williams, o brasileiro conquistou três títulos mundiais. Considerado um dos melhores da história, ele foi o último competidor a morrer na principal categoria do automobilismo.
"Foi um momento triste, porque estava perdendo alguém da minha família e minha referência na carreira, mas meu amor pelos caros e pelo automobilismo não mudou. Se eu pudesse, provavelmente teria continuado", disse o piloto, que se afastou das corridas desde a morte do tio.
Bruno Senna chegou a testar pela Honda no final do ano passado, mas a montadora japonesa decidiu deixar a categoria e adiou a entrada do brasileiro na Fórmula 1. Novo piloto da Campos, que estreia em 2010 ao lado da Manor, da USF1 e da Lotus, ele espera não passar em branco na tabela de classificação.
"Se eu pudesse, gostaria muito de vencer corridas, mas nossa primeira meta é ser a melhor das novas equipes em cada corrida e também somar pontos. Queremos somar pontos e acho que deve ser possível. Esse é o começo de um grande sonho e tenho que me esforçar muito para realizá-lo", disse o jovem.
Como de costume, Bruno Senna foi questionado sobre a questão de competir com o sobrenome do tio. Ele admitiu que as comparações com Ayrton devem aumentar ainda mais na Fórmula 1, mas garantiu que aprendeu como lidar com a cobrança ao longo da carreira.
"Não necessariamente é justo, mas o mundo é assim. Sei que vai ser muito mais forte na Fórmula 1, porque estarei muito mais exposto às opiniões de todos. Tenho que acreditar em mim mesmo e fixar metas factíveis e razoáveis. Tive que aprender a fazer isso e agora estou bastante confiante em fazê-lo", encerrou.