postado em 21/11/2009 19:02
A agonia não poderia ser transformada em dois sentimentos bons em Caxias do Sul. Para o Atlético-GO, ela virou uma alegria imensurável ao retornar à Primeira Divisão do Campeonato Brasileiro após 23 anos. Para o Juventude se tornou no desespero de terminar a penúltima rodada da Série B na zona de rebaixamento e não dependendo mais apenas de si.O Alfredo Jaconi se encheu com a esperança de ver o clube gaúcho se livrar das chances de cair. O que se viu foi o contrário. Apático, o Alviverde foi engolido pelo Dragão, sendo derrotado por 3 a 1, em um sábado inesquecível para ambos os clubes. Um dia que pode ter iniciado duas novas eras.
O ano de 2010 será o quarto do Dragão na elite do futebol nacional. O acesso começou a ser construído na primeira rodada, em vitória sobre o América-RN. O último tijolo foi posto com gols de Agenor, Marcão e Juninho. A comemoração começou ainda no gramado do Jaconi e terá seu ápice dia 28, quando o time entrará em campo contra o Bahia, no Serra Dourada. A confirmação da troca de divisão teve a ajuda do Figueiresne, que perdeu para o Duque de Caxias.
Já o Juventude, que foi às redes com Marcos Denner, terá que enfrentar o Guarani, em Campinas, na rodada derradeira da Série B. A derrota deixa o clube gaúcho na dependência de resultados paralelos. Além de vencer o Bugre, o Alviverde precisará torcer que nos jogos envolvendo Ipatinga, América-RN e Brasiliense, um deles empate.
O jogo - Em campo, o Juventude foi frio como a sua torcida. Apesar da papada ter aparecido em grande número no Alfredo Jaconi, ela não jogou com o time, parecendo temer o pior. Dentro das quatro linhas, a equipe era um reflexo do seu torcedor ou vice-versa. O certo é que a confiança não estava presente.
Mantendo a formação com três zagueiros, Ivo Wortmann seguiu com um time sem criatividade, sem a capacidade de trocar passes no meio-campo. O Atlético-GO manteve o seu estilo, marcando forte e jogando pelos lados. Elias articulava as jogadas para as passagens dos laterais.
As faltas próximas da área foram a marca da primeira etapa. Aos 17 minutos, Lopes cobrou para o goleiro Márcio espalmar. Em seguida, os gaúchos tiveram outra chance, mas Ivo chutou para fora. A distância na tabela era explicada em campo, com o Juventude cedendo muitos espaços, enquanto o Dragão ditava o ritmo da partida.
Aos 28 minutos, o pouco barulho feito pela torcida se transformou num silencio de quem estava incrédulo com o que assistia. Jobston cobrou falta, alçando a bola na área. A defesa parou e Agenor, na linha da pequena área, desviou para deixar os visitantes em vantagem. Os resultados parciais deixavam o Juventude entre os rebaixados e o Atlético garantido na Série A em 2010.
Tentando descontar. Mendes teve duas oportunidades. Na primeira, de bicicleta, colocou a ola pela linha de fundo. Na segunda, cabeceou sem força em cima do goleiro.
O que era ruim demorou sete minutos para ficar pior ou melhor, dependnedo do ponto de vista. Logo no início do segundo tempo, a bola sobrou na frente da área para Marcão. O artilheiro goiano não desperdiçou deixando a Primeira Divisão mais próxima. O Juventude sucimbiu, levando somente mais três minutos para o placar virar uma goleada, quando Juninho recebeu na área e bateu cruzado, vencendo o seu xará.
O time entrou em desespero. A torcida em depressão. Com esse quadro, o Atlético-GO passou a administrar. Nem mesmo a bola na trave de Zezinho mudou os ânimos. Somente a indolência do meia Lopes fez o torcedor levantar das arquibancadas, vaiando o meio-campista quando ele foi substituído.
O vexame ficou maior aos 38 minutos. Alysson entrou na área e no memso momento em que chutou em cima do goleiro Juninho, outra bola foi atirada para o campo. Aos 43, Marcos Denner descontou após cobrança de escanteio. Pouca diferença fez, porque o Atlético-GO é da Primeira!