postado em 24/11/2009 17:37
O gol irregular marcado pela França contra a Irlanda, que levou os campeões do mundo de 1998 para a Copa da África do Sul, será debatido em uma reunião extraordinária da Fifa, dia 2 de dezembro, e também virou tema em entrevista coletiva concedida nesta terça-feira pelos dois principais membros da comissão técnica da seleção brasileira: o técnico Dunga e seu auxiliar, Jorginho.
Na visão da dupla, a jogada de Henry, que claramente conduziu a bola com a mão antes de cruzá-la para Gallas marcar o gol que decretou o empate contra os irlandeses em Paris, poderia servir como um marco para a Fifa, finalmente, se render ao uso da tecnologia para rever lances polêmicos e, se for o caso, alterar a decisão tomada pelos árbitros em campo.
"Para nós, que estamos de fora, dar opinião fica mais fácil, pois não sentimos na pele o que a Irlanda sentiu. Por outro lado, se a Fifa anular (a partida), a França se sentirá frustrada, pois já houve outros inúmeros casos polêmicos", argumentou Dunga. "As pessoas que são capacitadas irão analisar da melhor forma possível, mas esse é o tipo do lance no qual o uso de equipamentos eletrônicos poderia ajudar", completou.
O ex-lateral direito Jorginho, braço direito de Dunga no banco da seleção nacional, endossou a opinião do capitão do tetra. "Pela história da Fifa eu acho muito difícil haver a repetição do jogo, mas houve mudança, os tempos mudaram e o hoje o futebol está muito rápido. Há a necessidade de ver a possibilidade de utilizar os aparatos eletrônicos, até para não crucificarmos nossos árbitros".