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Com sucesso, Bruno prevê que comparações com Ayrton "morrerão"

postado em 25/11/2009 10:55
Desde que decidiu enveredar realmente pelo automobilismo, em 2004, Bruno Senna calcula já ter concedido cerca de 5.000 entrevistas. Em 99% delas, ele se viu obrigado a mencionar o nome Ayrton, em uma eterna comparação que pressiona o jovem, mas ao mesmo tempo lhe dá motivação - o novato acredita que, sendo bem-sucedido, essas constantes perguntas sobre o tio "morrerão". Dono de uma carreira meteórica, Bruno chegou a afastar a ideia de ser um profissional das pistas por causa da morte do tio. Há cinco anos, porém, definiu que era realmente isso o que ele gostaria de fazer e começou a participar de corridas da Fórmula BMW e da Fórmula 3 Inglesa. A partir daquele início, ele já era bastante pressionado por causa do tricampeão mundial de Fórmula 1. "Eu comecei minha primeira corrida com uma equipe de tevê nas minhas costas", confidenciou à rede britânica BBC. "Muita pressão e exigência são coisas constantes na minha vida - eu sempre tive mais atenção que os outros do meu nível". Na elite do automobilismo mundial, em que estreará em 2010 pela Campos, Bruno será rodeado de astros e dividirá um pouco as expectativas. Mesmo assim, entre os novatos é o paulista o piloto mais conhecido por torcida e mídia. "Sei que na F-1 a proporção vai ainda crescer, mas acredito estar preparado para isso", garantiu. Em "99%" de suas entrevistas, o piloto admite que a lembrança de Ayrton vem à tona, o que nem sempre é agradável. De qualquer forma, até nisso o jovem Senna enxerga um lado positivo. "De um certo modo é ruim que todos me perguntem sobre Ayrton, porém quando as pessoas me conhecerem melhor isso morrerá um pouco. Confio em que o melhor modo de criar minha própria identidade é atingindo sucesso. A Fórmula 1 é a maior vitrine para isso", concluiu.

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