postado em 25/11/2009 11:15
Dois anos e 21 dias depois de atuar como jogador de futebol profissional pela última vez na carreira, na derrota do Vasco da Gama para o Internacional, em São Januário, pelo Campeonato Brasileiro, o atacante Romário voltará a vestir o número 11 que o consagrou em uma partida oficial. Desta vez, no entanto, o Baixinho não atuará por Vasco, Flamengo ou Fluminense, clubes onde brilhou intensamente, mas pelo América-RJ.
Flagrado pelo controle de dopagem no Campeonato Brasileiro de 2007 por ter tomado remédio contra a calvície, o jogador deixou os campos em baixa. Contratado para exercer a função de gerente de Futebol no clube do coração de seu falecido pai, Edevair, Romário montou um planejamento correto e levou o time de volta à Primeira Divisão do Futebol carioca.
Nesta noite, diante do Artsul, às 20 horas (de Brasília), no estádio Giullite Coutinho, assumiu a missão de vestir a camisa 11 vermelha e, aos 43 anos, tentar entrar mais uma vez para a história, desta vez ajudando o América a conquistar um título, fato que não acontece desde 1982, quando ganhou a Copa dos Campeões organizada pela CBF.
Para consolidar o título da Segunda Divisão Carioca, o América precisa, além de bater o adversário, torcer para o Olaria não superar o Goytacaz, fora de casa. A presença do Baixinho em campo deverá lotar o estádio do Diabo, mas o técnico Lira ainda não confirmou se o tetracampeão começará jogando ou entrará durante a partida.
Autor de 1002 gols na carreira, segundo suas próprias contas, o jogador chegará de Madri somente na tarde desta quarta, mas garantiu, através de seu blog na internet, estar mais do que pronto para calçar as chuteiras, homenagear a memória de seu pai e, de quebra, aumentar sua coleção de gols.
"Eu não vejo a hora de entrar em campo", escreveu o eterno ídolo. "E podem ter certeza de que eu vou fazer de tudo para o gol 1003 sair", avisou Romário, que 'briga' pela vaga de titular ao lado de Alexandro com Adriano.
A chance de voltar aos gramados recoloca o Baixinho na mídia de uma forma positiva. Desde que parou de jogar, Romário apareceu mais nas páginas policiais do que nas esportivas. Além de ter uma de suas coberturas penhoradas, o jogador chegou a passar dois dias na prisão por não ter pago pensão alimentícia a uma ex-esposa. De positivo, apenas os comentários do técnico da seleção brasileira, Dunga, por seu trabalho bem feito como dirigente do clube carioca.