postado em 26/11/2009 12:39
O melhor tenista do mundo durante os primeiros seis meses de 2009 é também o primeiro eliminado do ATP Finals. Rafael Nadal ainda não retomou o melhor nível após se recuperar de uma tendinite nos joelhos, mas garante que as derrotas têm mais relação com a falta de confiança do que com o físico. De qualquer forma, ele já passou a pensar na final da Copa Davis, entre 4 e 6 de dezembro contra a República Tcheca.
Analisando-se os números, Nadal claramente teve dois momentos muito distintos na mesma temporada. Até a surpreendente queda nas oitavas de final de Roland Garros, em maio passado, havia alcançado as finais de sete dos nove torneios disputados no ano, com cinco títulos. Depois, lesionou os joelhos, ficou dois meses parado e, quando retornou, foi a uma decisão e não somou mais títulos em sete tentativas.
Para piorar, desde então enfrentou oito top 10 e só ganhou dois de 27 sets realizados - quatro dessas parciais foram perdidas na Masters Cup para Robin Soderling e Nikolay Davydenko, resultados que deixaram o espanhol como o único atleta já eliminado do evento. "Eu não cheguei a este torneio com toda a confiança necessária para ganhar jogos assim", argumentou o segundo colocado do ranking, lembrando que apenas os nove melhores do mundo viajaram a Londres.
Segundo Nadal, a partir da contusão seu problema não vem sendo físico e sim de confiança. Nesse contexto, ele até garante ter melhorado contra o russo nesta quarta-feira, mas nem mesmo tendo superado a desvantagem de uma quebra de saque por duas vezes no segundo set conseguiu vencer. "Mentalmente fui melhor. Mas nos momentos em que tinha de jogar bem, não o fiz. É verdade que minha forma física não é a melhor possível, mas não perdi por isso. Falta um pontinho de confiança e de tranquilidade", completou ele, que nesta sexta-feira apenas cumpre tabela no ATP Finals contra Novak Djokovic.
Apesar da queda precoce, o longo ano ainda não terminou para o maiorquino. A partir da semana que vem, o jovem voltará a treinar no saibro, superfície na qual a Espanha recebe a República Tcheca na final da Davis. Nesse importante compromisso, o astro espera que o rendimento ruim apresentado no piso rápido não o atrapalhe, mas admitiu: "Seria bom se pudesse ter ganhado o Masters e chegado com mais confiança, porém são competições distintas".