postado em 02/12/2009 17:28
A possibilidade de Nelsinho Piquet retornar à Fórmula já na temporada 2010 é cada vez menor. O piloto brasileiro, protagonista do escândalo em que bateu de propósito sua Renault no GP de Cingapura de 2008 para beneficiar seu companheiro de equipe, o espanhol Fernando Alonso, negociava com a novata Campos Racing, mas acabou perdendo espaço para o venezuelano Pastor Maldonado e o russo Vitaly Petrov.
Segundo o brasileiro Bruno Senna, que já assinou com a Campos, a disputa para ser seu companheiro de equipe agora está restrita aos dois pilotos, que têm apoio de importantes empresas petrolíferas e poderiam levar patrocínios polpudos à escuderia espanhola. "Está entre o Maldonado e o Petrov, que são pilotos de GP2, que já tiveram vitórias, mas ainda não foi decidido isso", disse o sobrinho de Ayrton Senna, nesta terça-feira, durante a cerimônia de entrega do prêmio Capacete de Ouro 2009.
No entanto, Bruno parece não se importar muito com a decisão e reafirmou o desejo de fazer com que a equipe espanhola seja a melhor das novatas. "Para mim não faz diferença. O importante é que quem seja meu companheiro de equipe possa trabalhar em conjunto comigo para levar a equipe para frente e não ficar só uma disputa entre pilotos dentro do time", complementou.
Piquet afirmou no início da semana que mantinha expectativas de acertar contrato com a equipe espanhola e poder fazer dupla com Senna, reeditando a disputa nas pistas entre seu pai, Nelson, e o tio de Bruno, Ayrton. A existência de uma equipe com os dois pilotos brasileiros também era defendida por Bernie Ecclestone, presidente da FOM, companhia que detém os direitos de transmissão da Fórmula 1. Segundo o britânico, a dupla atrairia mais patrocínios para a categoria.
Independente de seu companheiro na escuderia espanhola, as primeiras ações de Bruno Senna com o carro da Campos devem acontecer no início de fevereiro. "O carro sai em janeiro, precisa ver se as coisas vão bem, às vezes tem atraso, mas dessa vez espero que não", afirmou. "Vamos ter que aproveitar ao máximo os testes, para aprender o máximo possível e é importante ir com calma, não adianta sair afobado. Tudo depende de muitos fatores. Ser estreante ou não estreante não é a definição de ser bem sucedido ou não", concluiu.