postado em 03/12/2009 19:29
A existência de pilotos pagantes na Fórmula 1 nunca foi segredo para ninguém. Porém, em 2010, a crise financeira internacional elevou os valores que devem ser oferecidos pelos aspirantes a uma vaga na principal categoria do automobilismo mundial: de seis a 12 milhões de euros (de R$ 15 a R$ 31 milhões), de acordo com reportagem publicada nesta quinta-feira pelo jornal espanhol As.
Atualmente, restam 11 dos 26 postos disponíveis para o próximo Mundial. Das 13 equipes inscritas, apenas cinco não usaram a "venda" de pelo menos uma vaga como uma alternativa para arrecadar mais dinheiro: McLaren, Mercedes, Ferrari, Red Bull e Williams.
Segundo a publicação, 12 milhões de euros (R$ 30 milhões) é o valor solicitado por uma escuderia já estabelecida, como a Renault, para quem desejar ser o companheiro do polonês Robert Kubica. A escuderia francesa, porém, ainda não garantiu a sua permanência na próxima temporada.
Em uma das estreantes, caso de Campos, US F1, Lotus e Manor (Virgin), o preço a ser pago é um pouco menor: de seis a oito milhões de euros (de R$ 15 a R$ 20 milhões). Chefe do time espanhol, Adrian Campos falou abertamente nesta quinta, em São Paulo, que o aspecto financeiro será determinante para a definição do companheiro de Bruno Senna - tanto o dirigente quanto o brasileiro asseguram que a entrada do sobrinho do tricampeão mundial Ayrton Senna na Fórmula 1 não está sendo paga.
Quem pode se dar bem com esta situação é o russo Vitaly Petrov e Pastor Maldonado. Enquanto o primeiro tem o aporte de ser filho de um dos maiores empresários de petróleo da Rússia, o venezuelano é apoiado pela empresa estatal de petróleo de seu país. Apesar de acumularem bons resultados em categorias de base, não é por acaso que ambos são cotados por Campos para estar no grid de abertura do Mundial 2010.
Por outro lado, nomes como Jaime Alguersuari e Lucas di Grassi precisam de um esforço gigantesco dentro da pista para provar a futuros empregadores que merecem uma chance sem precisar pagar nada.