postado em 06/12/2009 15:42
Quando encerrar a carreira, Rafael Nadal ficará na história pelo número de Grand Slams conquistados. Até os 23 anos de idade, já soma seis, erguidos em todos os tipos de piso e em três lugares diferentes, faltando apenas o Aberto dos Estados Unidos para completar sua coleção. Entretanto, esses títulos parecem menores se comparado ao peso dado pelo espanhol à Copa Davis.
"Ganhar a Davis é o maior feito que pode ocorrer a um jogador", garantiu o número dois do mundo. Neste sábado, a vitória nas duplas de Feliciano López e Fernando Verdasco decretou o êxito da Espanha na final da competição sobre a República Tcheca, disputada em Barcelona.
Trata-se do segundo título consecutivo dos ibéricos - não ocorria um bicampeonato desde 1997 e 1998, com a Suécia - e o quarto no total, sendo que todos foram conquistados nos últimos nove anos - apenas Estados Unidos, nas décadas de 1920, 1940 e 1970, Austrália, nas de 1950 e 1960, e Grã-Bretanha, na de 1930, haviam erguido quatro troféus em um intervalo de tempo tão curto.
Para Nadal, a taça é ainda mais importante porque ele não pôde atuar na decisão do ano passado, quando a Argentina foi surpreendida em plena Mar del Plata, e também nas quartas de final e nas semis da última campanha. "Tinha vontade de voltar à equipe, e ganhar em casa era uma motivação para mim", disse ele, que se afastou das atividades sempre por lesão nos joelhos.
Diante da República Tcheca, apenas em um momento houve dificuldades para os mandantes, que viram David Ferrer sair de uma desvantagem de 2 sets a 0 para bater Radek Stepanek no segundo jogo de simples da sexta-feira. "Hoje (sábado) estive mais tranquilo. Ferrer que nos fez sofrer mais", ressaltou Nadal.
O 18º colocado do ranking de entradas, ao final, foi o homem mais festejado pelos espanhóis. Vivendo uma fase ruim, ele havia aberto com uma derrota acachapante para David Nalbandian a decisão de 2008 e se recuperou em grande estilo. "Esta Davis é de David Ferrer, temos de nos lembrar de sua recuperação", comentou López.