Superesportes

Excluídos de 2014 criam "Movimento Sem Copa" e pedem ajuda

postado em 10/12/2009 10:22
Se no âmbito político o MST (Movimento Sem Terra) luta pela reforma agrária, no cenário futebolístico um novo e 'revolucionário' movimento promete agitar o ambiente que já toma conta do país faltando cinco anos para a organização da segunda Copa do Mundo no Brasil: o MSC (Movimento Sem Copa). Encabeçado por Talles Alves Barreto, secretário estadual de Esportes do estado de Goiás, o Movimento Sem Copa, que conta ainda com representantes de Pará, Espírito Santo, Santa Catarina, Piauí e Tocantins, tem como objetivo conseguir uma linha de crédito junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES), semelhante à disponibilizada às 12 cidades escolhidas como sedes para o Mundial de 2014. "São 15 os estados que ficaram de fora da Copa, mas é preciso lembrar que o Brasil todo estará envolvido no evento", ponderou Talles. "O governo vai investir milhões nas sedes, mas não adianta nada ter 12 estádios maravilhosos e o resto ultrapassado. Com certeza alguma linha de crédito do BNDES sairá para que possa ser feito um investimento. Também gostaríamos de estar no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) da Copa para investir em aeroportos e estradas", emendou. Sempre usando seu estado como referência, até para "puxar a sardinha para o seu lado", como ele próprio admitiu, Talles mostrou otimismo em ter boa aceitação quando o projeto for encaminhado ao ministro dos Esportes, Orlando Silva, o que deve ocorrer dentro de uma semana. E até calculou o valor do montante que seria necessário para reformar o Serra Dourada. "Muitos estádios que estão dentro (da Copa) não têm a estrutura que o Serra Dourada tem e acho que com R$ 200 ou R$ 250 milhões o deixaríamos dentro dos padrões que a Fifa considera ideais para a Copa do Mundo. Temos dois times na Série A do Campeonato Brasileiro (Goiás e Atlético-GO) e somos um centro que poderia oferecer outras opções para as seleções", apostou. Na briga para ser CT: Como Goiânia não sediará a Copa do Mundo, Talles Alves Barreto sonha, ao menos, em ver sua cidade concorrer e vencer a disputa com outras 179 concorrentes para ser escolhida como centro de treinamentos de uma das 32 seleções da Copa de 2014. "Não são apenas as capitais que estão lutando no Movimento Sem Copa por uma participação no Mundial. Também temos a cidade de Caldas Novas, que é muito próxima de Goiânia e tem uma estrutura invejável. Acredito que poderíamos muito bem usar esses locais para receber uma seleção para treinamentos", concluiu.

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